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DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM PRESENTES EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM HEMODIÁLISE RELACIONADOS AO DOMÍNIO CONFORTO DA SAUDE DA NANDA-I.

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Introdução: A Insuficiência Renal Crônica necessita de um método de substituição renal, como a hemodiálise. É um tratamento que faz uso de procedimentos invasivos, tornando-se por vezes doloroso e desconfortável para o paciente. Assim, é importante o conhecimento dos diagnósticos de enfermagem relacionados ao conforto destes pacientes, para assim alertar a equipe de enfermagem sobre medidas para melhorar essa condição e tornar o tratamento menos sofrido. Objetivo: Identificar os Diagnósticos de Enfermagem presentes em Pacientes Renais Crônicos em Hemodiálise Relacionados ao Domínio Conforto da Nanda-I. Método: É um estudo descritivo e transversal realizado em Fortaleza-CE. No período de dezembro de 2014 a janeiro de 2015. A amostra foi composta por 25 pacientes renais crônicos em hemodiálise. A coleta de dados deu-se por entrevista semiestruturada. Foi feito o julgamento clínico dos dados encontrados, como base em Alfaro-LeFevre (2014). A pesquisa foi aprovada em Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará com parecer Nº 392.488 CAAE: 19640613.2.0000.5534. Resultados: Foram encontrados dois diagnósticos relacionados ao domínio de Conforto, são eles: Dor aguda com presente em 6 pacientes e Conforto prejudicado em 23 pacientes. O primeiro diagnóstico de Dor aguda foi caracterizado por relato verbal evidenciado por dor em fístula. O tipo de acesso venoso utilizado na hemodiálise relaciona-se ao tempo de tratamento, na pesquisa mostrou-se que 21 pacientes realizavam hemodiálise de 5 meses a 4 anos, mostrando que realizam o tratamento relativamente a pouco tempo. O tipo de acesso destes foram: 13 usava fístula e 12 cateter duplo lúmen. Em pacientes crônicos é recomendado acessos de longa permanência, como a fístula, visto que permite fluxo adequado de sangue e apresenta menos complicações. A maior parte da amostra fazia uso da fístula e para a punção desta se fazem necessárias agulhas calibrosas, o que corrobora com o diagnóstico encontrado e relato de dor dos pacientes, além de que, em pacientes que iniciaram o tratamento recentemente essa sensibilização do local da punção é maior, com o passar do tempo e das punções repetidas torna-se menos dolorosa. O segundo diagnóstico é de Conforto prejudicado caracterizado por efeitos secundários relacionados ao tratamento hemodialítico evidenciado pelo posicionamento durante o tratamento, a saber: poltrona desconfortável e quantidade de horas de tratamento. Cada sessão de hemodiálise dura em média de 3 a 4 horas, e muitas vezes, os pacientes ficam sentados em poltronas, por vezes, desconfortáveis praticamente imóveis, para que o fluxo sanguíneo seja suficiente e constante. Esse fato ocorre, principalmente, quando o paciente usa cateter, pois a posição deste interfere na otimização do fluxo. Além de que, existe a recorrência do excesso de líquidos ingeridos interdiálises levando ao cansaço e dispnéia, fato que aumenta o desconforto durante o tratamento. Conclusões: Diante dos resultados percebe-se que o enfermeiro é capaz de intervir com medidas de conforto durante as sessões de hemodiálise, como redução da dor na punção de fístula, iniciando a punção com agulhas menos calibrosas. Utilização de almofadas para tornar a poltrona mais confortável e realizar mudança de decúbito periodicamente.