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IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE PROFILAXIA DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO: GARANTINDO A SEGURANÇA DO PACIENTE

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Introdução: O tromboembolismo venoso (TEV) compreende a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar, sendo a principal causa evitável de óbito hospitalar. A profilaxia de TEV, em pacientes criteriosamente avaliados, é a abordagem mais eficaz para minimizar o impacto de sua ocorrência1. A ocorrência de eventos adversos tem um importante impacto por acarretar o aumento na morbidade, na mortalidade, no tempo de tratamento dos pacientes e nos custos assistenciais, repercutindo em outros campos da vida social e econômica do país2. Este estudo é justificado pela importância em produzir informações atuais e relevantes para a profilaxia de TEV. Objetivo: Descrever a experiência de implantação do protocolo de TEV. Método: Estudo descritivo e retrospectivo, realizado de outubro/2014 a janeiro/2016, em um hospital público de nível terciário do interior do Estado de São Paulo. Foi descrito o processo de implantação do protocolo de profilaxia de TEV, realizado pela Comissão de Profilaxia de Tromboembolismo. Resultados: O protocolo foi implantando, inicialmente, no Serviço de Terapia Intensiva, seguindo algoritmo do American College of Chest Physicians (ACCP). O projeto foi dividido em três fases: fase 1- realizadas duas palestras para toda equipe multiprofissional, abordando dados epidemiológicos sobre profilaxia e recorte atualizado do hospital; fase 2- treinamento específico aos enfermeiros, abordando a fisiopatologia, avaliação, prevenção, adesão e preenchimento do protocolo no prontuário eletrônico do paciente (PEP). Os pacientes admitidos foram classificados pelo enfermeiro de acordo com o risco de desenvolvimento de TEV e identificados com selo informativo. Os médicos foram avisados imediatamente ao preenchimento do protocolo e ao prescrever medicação profilática, também recebia um alarme do PEP para checar o risco. Após período de avaliação do protocolo, os enfermeiros informaram as facilidades e dificuldades. Facilidade: preenchimento do protocolo no PEP e sinalização do risco por meio de selo adesivo. Dificuldade: déficit importante de enfermeiros, ocasionando atrasos no preenchimento. Fase 3- expansão do protocolo de TEV para sete enfermarias. Discussão: Implantar um protocolo de profilaxia de TEV requer equipe específica para manejo e controle dos indicadores e quantidade suficiente de profissionais, garantindo assim, um ambiente terapêutico seguro. Estudo realizado em Salvador, corroboram com os dados encontrados e com a sistemática utilizada na implantação do protocolo3. Conclusões: O protocolo de profilaxia de TEV, estratégia simples e promissora, evita ocorrência de eventos adversos, que levam rapidamente à morte. A participação do enfermeiro é necessária e muito importante em todas as etapas do processo. Há necessidade de fazer com que as equipes envolvidas percebam sua importância no processo, motivando-as e proporcionando educação continuada, para que seja estabelecida uma cultura de segurança eficaz.