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O presente artigo tem como objetivo revisitar o trabalho de mulheres fotojornalistas em dois diferentes períodos brasileiros, na tentativa de apreender estes como uma cobertura “não oficial” de enquadramentos, quer dizer, enquadramentos que de alguma maneira rompem com aquilo que seria permitido ou “regulamentado” pelo Estado (BUTLER, 2015). Com um recorte temporal que compreende o cenário político-social brasileiro de 1960 à meados de 1980, quando a censura e cerceamento de direitos recaiu fortemente sobre profissionais da imprensa do país, são apresentados trechos de entrevistas realizadas a partir da metodologia da História Oral, principalmente, o que ajuda a conhecer experiências de mulheres fotojornalistas que, a sua maneira, operaram, e ainda operam, muitas vezes, uma lógica “não oficial” do fotojornalismo. Nesse sentido, o recorte de gênero e o embasamento teórico da História das Mulheres (PERROT, 2005), se torna igualmente relevante para o desenvolvimento desta reflexão.
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