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AVALIAÇÃO DE POMADA COMERCIAL À BASE DE ÓLEO DE RÍCINO A 10% NO TRATAMENTO DE FERIDAS CUTÂNEAS ESPONTÂNEAS EM CÃES

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Existem fatores adjuvantes que podem interferir na cicatrização de feridas, como o óleo de rícino, derivado de mamona (Ricinus comunnis). Foram avaliadas 19 feridas cutâneas, espontâneas, de etiologia traumática de sete cães, submetidos ao tratamento com pomada à base de óleo de rícino (Ricinus Assept; Vansil, Descalvado-SP), sob protocolo CEUA 08/2015. Os animais eram provenientes da rotina e, portanto, não foi constituído grupo controle. A área superficial das feridas foi avaliada por meio da mensuração dos eixos de maior comprimento, e análise digital utilizando-se o software ImageJ®. As avaliações foram realizadas no momento inicial (M0) e 24 horas (M1), três dias (M3) e sete dias (M7) após o início do tratamento, seguido por avaliação semanal até a cicatrização completa. A idade média dos animais foi de 91,12 meses (3-198 meses). De acordo com a localização anatômica, 15 feridas eram localizadas em membros, três na face e uma na região cervical. O tempo médio de cicatrização das feridas foi de 10,78 dias (3-14 dias). O tempo médio de cicatrização das feridas contaminadas (17/19; 89,47%) foi de 10,41 dias (3-14 dias), enquanto que o das infectadas (2/19; 10,53%) foi de 14 dias para ambas. De acordo com a literatura, a cicatrização de feridas cutâneas ocorre entre sete a 10 dias. Assim sendo, a pomada a base de óleo de rícino, na concentração apresentada, não acelerou o processo de cicatrização de feridas. Isso poderia ser justificado pela idade da maioria dos animais (adultos a idosos) e localização das feridas em membros.