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Utilização do teste de privação hídrica em animais com poliúria e polidipsia

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O aumento na produção diária do volume de urina é definido como poliúria (PU), e está associada à ingestão elevada de água, polidipsia (PD). Quando esses sinais são observados, podem indicar diversas condições patológicas. O teste de privação hídrica foi planejado para determinar se um paciente pode liberar Hormônio Antidiurético (ADH) em resposta à desidratação e se os rins respondem a esse hormônio. É utilizado na diferenciação entre diabete insípido central, nefrogênico e polidipsia psicogênica. É iniciado mediante restrição hídrica, sem desidratação. Em seguida envolvendo a desidratação e a monitoração da concentração urinária por sistema de coleta fechada. Uma desidratação leve é estímulo suficiente para que o animal libere o ADH. Canino, fêmea, Poodle, 12 anos, queixa de “intensa ingestão de água e grande volume de urina”. Ao exame físico, parâmetros dentro da normalidade. Exames complementares solicitou-se, hemograma (policitemia relativa, trombocitose), bioquímico, glicemia (normais), urinálise (hipostenúria 1003 [1015-1025] sem outras alterações) e ultrassom (hepatomegalia e glândulas adrenais aumentadas). Submeteu-se animal ao teste de privação hídrico, sem acesso à água por 8 horas com monitoramento da densidade urinária. Apresentando elevações na concentração de 1003 para 1008. Após o teste, animal ainda apresentava hipostenúria, em virtude dos resultados, outros exames tais como avaliação de glândulas adrenais e tireoide foram solicitados, e assim instituído diagnóstico terapêutico com acetato de desmopressina, apresentando melhora no aumento da densidade urinária. Sugerindo diabete insípido central.