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Placentite ascendente em éguas

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A placentite ascendente é uma infecção que ocorre no terço final da gestação em éguas tendo a cérvix como porta de entrada, comprometendo a unidade útero - placentária por processos de hipoxemia ou infecção, ocorrendo à redução do aporte de nutrientes e oxigênio para o feto e placenta. O objetivo deste trabalho é revisar literaturas sobre placentite em éguas em relação a aspectos etiológicos, diagnósticos e terapêuticos desta afecção. Os patógenos mais frequentes são Streptococcus zooepidemicus, Escherichia coli, Klebsiella pneumonia, e Pseudomonas aeruginosa. Os sinais clínicos de placentite incluem o desenvolvimento do úbere, lactação precoce, relaxamento cervical e descarga vulvar. As causas mais comuns de placentite são traumas cervicais e contaminações bacterianas ou fúngicas (pneumovagina, urovagina, fístulas reto-vaginais). A detecção precoce de alterações placentárias pode se basear na utilização de ferramentas como a ultrassonografia transretal ou transabdominal da placenta, avaliação dos sinais clínicos e a histopatologia da placenta após o parto. Na ultrassonografia transretal pode-se evidenciar a separação entre alantocórion e o endométrio, junto á presença de conteúdo supurativo na região da estrela cervical. Aumento da espessura da junção útero placentária é uma das anormalidades detectadas pelo exame ultrassonográfico. Na ultrassonografia transabdominal o diâmetro da aorta fetal é utilizado para avaliação do desenvolvimento do feto. A placentite pode resultar em morte fetal, abortos, retardo do crescimento fetal, prematuridade, natimortalidade e nascimento de neonatos inviáveis. O tratamento visa combater o agente infeccioso, com a administração de antibióticos, reduzir o processo inflamatório e manter a quiescência uterina com agentes como a progesterona.