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Mastocitoma cutâneo e modalidades terapêuticas em cão - Relato de caso

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Os mastócitos são células do tecido conjuntivo que participam do sistema imune e são encontrados principalmente nos tecidos do subcutâneo. O mastocitoma caracteriza-se por transformações neoplásicas e proliferação anormal de mastócitos, apresentando na forma cutânea ou extracutânea. A forma cutânea possui uma alta incidência na espécie canina, sendo a terceira neoplasia cutânea mais diagnosticada, e apresenta-se em tamanhos, coloração e locais bem variados. O diagnóstico realizado pelo histopatológico e imunohistoquímico é de extrema importância para o fator prognóstico, além disso, o sistema TNM de classificação de tumores malignos facilita o planejamento da melhor abordagem terapêutica. Para a maioria dos pacientes que não apresentam metástase à distância o tratamento inicial é a excisão da neoformação, porém em alguns casos não se torna possível devido ao tamanho, a localização e o comprometimento de margens, por isso, a quimioterapia neoadjuvante pode ser escolhida no tratamento inicial para a citorredução e posteriormente a intervenção cirúrgica para a retirada do nódulo. A eletroquimioterapia no transcirúrgico em margens comprometidas promove maiores chances de não ocorrer recidiva. O presente trabalho relata um caso clínico de mastocitoma cutâneo localizado na cabeça de um cão com dimensão de aproximadamente 8x7x4 cm, abordando a apresentação clínica, diagnóstico e modalidades de tratamentos com uso de quimioterapia neoadjuvante, remoção cirúrgica total e eletroquimioterapia no transcirurgico. Apesar da sua importância, não foram avaliados o índice de proliferação celular (K1-67) e os padrões de expressões da proteína c-kit em cortes histológicos pela técnica de imuno-histoquimica (IHQ).