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Hérnias diafragmáticas em equinos podem ser de origem congênita ou adquirida, podendo apresentar estrangulamento ou não. Normalmente as hérnias congênitas ocasionam estrangulamento apenas sob condições adversas, como traumas ou acúmulos excessivos de gases. Foi encaminhado ao hospital veterinário um bardoto com sinais clássicos de abdômen agudo, taquicardia, taquipnéia e com padrão respiratório abdominal. A dor estava incontrolável mesmo com flunixim meglumine (1,1 mg/kg), quanto com detomidina (40 µg/kg), e o encaminhamento imediato para o centro cirúrgico. Durante laparotomia exploratória observou-se compactação em flexura pélvica e cólon dorsal direito, na inspeção do delgado foi encontrado um orifício no diafragma de aproximadamente 15 mm em que o segmento intestinal seguia em direção ao tórax. Optou-se então pela abertura do orifício para facilitar a exteriorização do conteúdo herniado, que já se encontrava em severo grau de necrose. Realizou-se então a entero-anastomose jejuno-íleal com pontos simples separados não perfurantes, suturou-se o mesentério com sutura simples contínua, todas com ácido poligalactina N°2.0. Suturou-se a incisão diafragmática com ácido poligalactina N°2.0 em padrão de sutura simples contínua e a drenagem do pneumotórax foi realizada com o aspirador a vácuo com uma agulha 40 x 16. A sutura da parede abdominal e pele com poliamida N°0.60 sutura simples contínua e subcutâneo com acido poliglicóico N°2.0. No pós operatório manteve-se o animal sob crioterapia dos cascos por 72 horas, e administrou-se penicilina potássica 40.000 UI/kg, gentamicina 6.6 mg/kg e flunixim meglumine 1.1 mg/kg. 45 dias após o tratamento o animal recebeu alta hospitalar sem nenhuma complicação pós operatória.