66941
Favoritar este trabalho

Os equinos utilizados para tração no perímetro urbano, raramente recebem tratamento odontológico, devido à falta de instrução e ao elevado custo. Portanto, são exíguas as pesquisas que abordam a frequência das enfermidades dentárias nos equinos que realizam função de tração. Tem-se por objetivo avaliar a frequência de alterações odontológicas em equinos que realizam função de tração no perímetro urbano do município de Lages, SC, Brasil. Realizou-se o exame clínico geral e o odontológico específico de 70 equinos, mestiços, clinicamente hígidos, com idade entre oito a 30 anos, sem histórico de tratamento odontológico. Dividiu-se em grupos com relação à faixa etária (adultos e geriátricos) e o sexo. Os animais foram sedados com detomidina, prosseguido da avaliação da cavidade oral para o diagnóstico das enfermidades. As afecções mais frequentes foram pontas de esmalte em 98,57% (69/70), seguido por diastemas 65,71% (46/70) em pré-molares e molares e úlceras nas mucosas 65,71% (46/70) em pré-molares e molares. Foram observadas diferenças significativas na presença de rampas em machos (43,18%) e fêmeas (19,23%) e de curvatura dorsal em fêmeas (34,61%) e em machos (13,63%). A exposição pulpar nos dentes incisivos em equinos adultos foi de 5,88% e geriátricos 33,33%. A frequência de alterações dentárias em equinos que realizam função de tração na cidade de Lages-SC é alta, destacando-se as pontas de esmalte, diastemas e úlceras nas mucosas. A exposição pulpar dos dentes incisivos ocorreu em maior frequência em equinos geriátricos e a frequência de rampas foi maior em machos e a curvatura dorsal, maior em fêmeas.