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Doenças sistêmicas maternas podem conduzir a déficits no desenvolvimento e crescimento fetal2. Os objetivos deste estudo foram: (1) avaliar o tempo de gestação e rede vascular microcotiledonária placentária de éguas com laminite crônica e (2) relacionar com o peso e bioquímica neonatal. Foram utilizadas 18 éguas PSI gestantes, divididas em Grupo Controle (n=9) e Grupo Laminite (n=9) e seus respectivos neonatos (Comitê Ética: 5810). Imediatamente após os partos foram colhidas amostras placentárias para histomorfometria através do software ImageJ. Foi considerado tempo gestacional e peso neonatal. Foram realizadas análises plasmáticas de fibrinogênio e lactato, além de creatinina sérica no nascimento e 24hs de vida dos potros. Os resultados foram analisados por teste-T e significância foi atribuída p<0.05. As éguas com laminite crônica apresentaram menor diâmetro de lúmen vascular, espessamento da parede e menor área capilar microcotiledonária, além de menor tempo gestacional (Laminite: 335±3 dias; Controle: 343±2 dias). Na avaliação neonatal, potros do grupo Laminite foram mais leves do que potros controle (Laminite: 51±1 kg; Controle: 56±1 Kg) e apresentaram hiperlactatemia com 24hs de vida (Laminite: 3.7±0.2 mmol/L; Controle: 1.6±0.8 mmol/L), o que é indicativo de falha orgânica3. A ausência de diferença significativa na avaliação da fibrinogenemia e creatininemia demonstra que estes neonatos não sofreram desafio inflamatório intrauterino4 e/ou falha na depuração placentária5. O baixo peso e hiperlactatemia estão relacionados com a menor perfusão placentária, o que sugere que os potros nascidos de éguas com laminite crônica sofreram restrição de crescimento intrauterino e má adaptação à vida extrauterina, caracterizando-os como alto risco.