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EFEITOS DA PERICARDIOTOMIA SOBRE OS VOLUMES ATRIAL E VENTRICULAR ESQUERDOS DE CAVALOS SUBMETIDOS À PERICARDIOTOMIA MINIMAMENTE INVASIVA

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Estudos prévios sobre as alterações ocasionadas em cavalos após a pericardiotomia não envolveram avaliações ecocardiográficas. Desta maneira, não se sabe o impacto causado por esta cirurgia nos volumes atrial e ventricular esquerdos. Foram utilizados seis cavalos hígidos, nos quais realizou-se pericardiotomia minimamente invasiva. Em todos eles, foi efetuado exame ecocardiográfico em diferentes momentos: previamente ao procedimento cirúrgico (M0); 24 horas após (M1); 72 horas após (M2) e 28 dias após (M3). Foram calculados segundo o método área-comprimento: volume máximo do átrio esquerdo (VAEmax), volume mínimo do átrio esquerdo (VAEmin), volume ventricular esquerdo em sístole (VVEs) e volume ventricular esquerdo em diástole (VVEd). Após 28 dias, realizou-se nova toracoscopia para inspeção da cavidade torácica. A pericardiotomia foi realizada com sucesso em todos os procedimentos e em apenas um animal houve complicação pós-operatória. Na avaliação após 28 dias notou-se formação de aderências em dois animais, a janela pericárdica de todos estava ampla e bem delimitada sem comprometimento da movimentação cardíaca. Nas avaliações do ECO houve diminuição do VAEmax, VAEmin, FEJAE, VVEd, VVEs e FEJVE nas primeiras horas pós procedimento, mas aos 28 dias essa diminuição não foi observada. A ecocardiografia permitiu avaliar as variáveis volumétricas propostas, demonstrando que a pericardiotomia não interferiu de maneira duradoura. Nas primeiras 72 horas observou-se redução dos volumes intracardíacos, fato que possivelmente retrata a interferência transitória da pericardiotomia na pré-carga.