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Efeito da suplementação hormonal com progestágenos no desenvolvimento da resposta imune do potro neonato

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No ambiente materno-fetal são produzidas citocinas que influenciam a resposta imune do feto e do neonato, resultando em regulação para padrão de resposta Th2, associada a aumento da suscetibilidade a infecções por microorganismos intracelulares. Sabe -se que a progesterona é, em parte, responsável pela regulação da secreção dessas citocinas. A suplementação hormonal em éguas tem se tornado rotina em centrais de reprodução, mesmo que não se saiba as implicações desse uso no sistema imune do potro. O objetivo desse trabalho foi avaliar a influência da suplementação hormonal de éguas prenhes com diferentes progestágenos na concentração sérica de hormônios esteroides e na capacidade de desenvolvimento da resposta imune do neonato. Foram avaliados 6 grupos de 5 animais, desses, 4 grupos submetidos a diferentes protocolos hormonais. Dosagens séricas de progesterona e sulfato de estrona foram realizadas semanalmente nas éguas a partir de 280 dias de gestação, até o parto e nos potros após o parto, 12 e 24 horas após. Do colostro, foram analisados o perfil celular e TGF-β no momento do parto e 12 horas após. Para avaliar a capacidade de desenvolvimento de resposta imune, os neonatos foram imunizados com KHL e amostras de sangue foram coletas para realização de hemograma, titulação de anticorpos, atividade linfoproliferativa e isotipagem dos linfócitos. Apenas a suplementação hormonal com progestágeno sintético alterou as concentrações de esteroides nas eguas e nos potros, porém não foi observado efeito sobre a resposta imune. Conclui-se que nenhum dos protocolos hormonais promoveu interferência no desenvolvimento do sistema imune do neonato.