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A dermatite necrolítica superficial canina é uma hepatopatia rara, com elevado catabolismo hepático de aminoácidos, reduzindo sua disponibilidade periférica, manifesta-se através de sinais dermatológicos (lesões cutâneas, alopecias, ulcerações, exsudações e crostas) e sistêmicos (tumores, hepatopatias, má absorção, prurido, dor, anemia, perda de peso e desenvolvimento de diabetes mellitus). Apresenta maior incidência em machos adultos com prognóstico reservado. Diagnóstico baseia-se no histórico clínico, exames físico, laboratoriais, imagiologia, histopatológico e pela exclusão de outras dermatopatias. Tratamento suplementação proteica; excisão cirurgia do tumor; antibioticoterapia; antioxidantes e regeneradores hepáticos. Cão, fêmea, teckel, cinco anos, com lesões cutâneas e êmese, sendo tratado a 15 dias sem melhoras. Ao exame clínico observou-se parâmetros normais, ulcerações de pele necróticas, purulentas e crostas em membros torácicos, pélvicos, região ventral do tórax e abdômen, dor a palpação epigástrica. Ao hemograma observou-se leucocitose por neutrofilia, linfopenia e trombocitopenia, níveis de ureia elevados a bioquímica sérica, a ultrassonografia - hepatomegalia moderada, parênquima hepático com presença de nódulos hipoecóicos difuso – “Favo de Mel” e vesícula biliar repleta com presença de sedimentos. Tratamento foi instituído com Amoxicilina com Ácido Clavulânico, Ácido Ursodesoxicólico, Silimarina e banhos semanais com Clorexidine. Após 60 dias de tratamento, houve melhora significativa. A dermatite necrolítica superficial é um indicador de desordem sistêmica, onde as anormalidades na função hepática somadas aos achados ultrassonográficos e histopatológico são conclusivos para o diagnóstico e a instituição de um tratamento efetivo