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Correlações entre diferentes técnicas estáticas e dinâmicas para monitoramento de desregulação insulínica em equinos Mangalarga Marchador submetidos a dieta hipercalórica

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A desregulação insulínica (DI), envolve hiperinsulinemia e resistência à insulina, tem se revelado cada vez mais comum em equinos submetidos a dietas com alto teor de carboidratos solúveis e, se não controlada, resulta em laminite. Para seu diagnóstico e monitoramento, o teste mais recomendado é o dinâmico com base na resposta insulínica à administração de uma dose de glicose oral (TGO), contudo ainda é trabalhoso e caro. O objetivo foi correlacionar, em equinos Mangalarga Marchador (MM) submetidos a dieta hipercalórica, os resultados de diversos testes mais simples com os resultados da resposta insulínica promovida pelo TGO, a fim de detectar os mais efetivos para monitoramento. Foram utilizados 9 equinos submetidos a dieta hipercalórica por 5 meses. Além do TGO foram realizados o teste dinâmico de resposta glicêmica à insulina (RGI) e os testes estáticos incluindo as dosagens plasmáticas basais de insulina [I], glicose [G] e seus proxies I:G, G:I, RISQI, HOMA-IR, QUICK e MIRG. As análises foram realizadas antes da introdução da dieta e após 90 e 150 dias. Usou-se o teste de correlação de Pearson (P<0,05). Os maiores índices de correlação foram obtidos para os métodos estáticos I:G (r=0,74), [I] (r=0,62), RISQI (r=-0,62) e G:I (r=-0,61). O RGI não apresentou correlação significativa (r=0,15, P=0,45). Conclui-se que a razão entre a concentração matutina de insulina sobre a de glicose (I:G) foi a que mais se correlacionou com a resposta insulínica ao TGO. O RGI, apesar de simples e imediato, não produz resultados confiáveis para monitoriamento de DI em equinos MM.