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COMPARAÇÃO DA FIXAÇÃO DE COMPLEMENTO COM DIFERENTES ANTÍGENOS E TEMPOS DE INCUBAÇÃO EM SOROS DE EQUINOS ISOLADOS NA ESTAÇÃO QUARENTENÁRIA DE CANANÉIA.

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Mormo é causado pela bactéria Burkholderia mallei. Acomete principalmente equídeos e pode causar lesões em trato respiratório, cutâneas e linfáticas. Em virtude do grande impacto gerado na equideocultura e por ser zoonose, é doença de notificação compulsória no Brasil. O objetivo foi comparar a técnica de fixação de complemento (FC) utilizando-se dois antígenos: USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e c.c.Pro. (Alemanha) e em diferentes tempos de incubação. O teste de FC foi executado de acordo com protocolo estabelecido pelo MAPA e OIE. Com antígeno USDA foram usados dois modos de incubação: a quente, em estufa a 37ºC por 1 h., e a frio, em refrigeração entre 2º e 8ºC por 18 h. Já com antígeno c.c.Pro foi utilizado o método a frio, conforme recomendação do fabricante. Foram coletados quinzenalmente durante 2 anos sangue para obtenção de soro de 29 equinos isolados na Estação Quarentenária de Cananéia com resultado diferente de negativo para mormo (inconclusivo, anticomplementar e positivo). Dos 749 soros, foram reagentes 0,4% (3/749) na FC a quente com antígeno USDA, e a incubação a frio com este antígeno resultou em 9,2% (69/749) reagentes. O resultado da c.c.Pro a frio concordou com o do antígeno USDA. O estudo evidenciou maior sensibilidade com a utilização da técnica de FC à frio em relação à quente. Esses dados contribuem para a tomada de decisão das autoridades sanitárias, e dessa forma dar suporte ao programa nacional de sanidade dos equinos (PNSE), haja vista da problemática no diagnóstico do mormo no Brasil.