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A caudectomia é uma técnica cirúrgica que foi bastante empregada na clínica de pequenos animais para fins estéticos, porém essa técnica é considerada mutilação e seu emprego atualmente é proibido. Em equinos é pouco utilizada, sendo apenas aplicada em casos de traumas ou necroses. Foi encaminhado para o hospital veterinário um equino, Mangalarga Marchador, com 12 anos de idade, que havia apresentado uma laceração na extremidade distal da cauda, cuja causa era desconhecida. Optou-se então pela realização da caudectomia da extremidade necrótica. Após sedação com Detomidina 20µg/kg e anestesia epidural com 5ml lidocaína 2% sem vasoconstritor, realizou-se antissepsia cirúrgica e incisou-se a pele horizontal na altura da metade da vertebra proximal, e divulsionou-se o tecido subcutâneo em direção proximal até encontrar a articulação inter coccígea proximal a lesão. Apesar de haver um leve sangramento dos vasos coccígeos, não houve a necessidade de intervenções hemostáticas. A rafia foi realizada em plano único com poliamida N°1 em padrão de sutura simples separado e os curativos eram realizados diariamente com iodo degermante, tópico e em seguida utilizava-se pomada cicatrizante e mantinha fechado com atadura crepe. Animal ficou internado recebendo antibioticoterapia a base de penicilina benzatina 40000UI/Kg a cada 48 horas, totalizando três aplicações. O anti-inflamatório não esteroidal de escolha foi a fenilbutazona na dose de 4.4 mg/Kg a cada vinte quatro horas, durante três dias. Após dez dias do procedimento o animal recebeu alta médica sem apresentar intercorrências clínicas e estéticas.