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Exposições itinerantes como estratégia de divulgação do CeTICS – Centro de Toxinas, Resposta-Imune e Sinalização Celular

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A divulgação científica pode ser feita por meio de diversas mídias de acordo com os temas trabalhados, o público alvo e os recursos disponíveis (humanos, materiais e financeiros). Os CEPIDs / FAPESP trabalhou no último ano com diversas mídias – exposições temporárias, filmes, materiais impressos – e aqui apresentaremos as exposições itinerantes realizadas. O principal objetivo dessas exposições é a ampliação dos públicos da divulgação das ações do CeTICS para além dos muros da instituição. Foram feitas três exposições com conteúdos e objetivos específicos. Antes da realização das exposições itinerantes, já tínhamos a experiência de exposições no Instituto Butantan. Em outubro de 2015 foram realizadas exposição e também ação educativa dedicadas à Plataforma Zebrafish durante a Virada Científica, com objetivo de apresentar esse modelo animal e suas vantagens para diferentes tipos de pesquisa (apresentado em EDICC 3). A exposição foi mantida durante um ano quando foi refeita a partir de avaliação junto ao público visitante do Instituto Butantan. Nessa nova versão foram acrescentadas informações sobre as pesquisas desenvolvidas com zebrafish. Esta experiência deu suporte para a criação da exposição Plataforma Zebrafish: a construção de uma rede que foi montada inicialmente no Instituto da Pesca no Parque da Água Branca (SP) um dos participantes da Rede Zebrafish. A exposição apresenta o peixe como um modelo animal, informando as vantagens de seu uso e as diversas linhas de pesquisas já existentes. A expografia faz lembrar em algumas partes um aquário e permite a montagem sem necessidade de suportes ou paredes. Um folder foi confeccionado para fazer parte da exposição e permitir que o visitante leve mais informações para casa. Depois do Instituto da Pesca (7 a 28 de abril de 2017) a exposição já passou pela Universidade Santo Amaro (6 a 31 de maio) e pelo Instituto Butantan (20 de junho a 30 de julho) na capital e também pelo Parque Vicentina Gomes em São José dos Campos (29 de outubro a 01 de novembro), totalizando mais de 6.000 visitantes. Em cada uma das montagens houve adaptações ao espaço e eventualmente acrescentados elementos, como aquários com os peixes. Nas respostas ao questionário de avaliação enviado por e-mail para os visitantes dos dois institutos foi possível verificar o alto grau de satisfação com a exposição, tanto em relação à expografia como pelos conteúdos tratados. A exposição CeTICS sobre rodas foi elaborada para apresentar as principais pesquisas realizadas pelo Centro e suas contribuições, de forma simples e atraente. Com estrutura de madeira sobre rodas que lembram carrinhos que podem ser levados de um local a outro, a expografia utilizou cores e desenhos, além de modelos artísticos de animais. Os textos são curtos e simples. Um folder foi confeccionado com os mesmos textos e desenhos para que os visitantes levem para suas casas as informações. Exibida incialmente no Instituto Butantan (20 de junho a 30 de julho de 2017), a exposição percorreu em 2017, nove escolas (públicas e privadas) atingindo mais de 9.000 estudantes, professores e comunidades das escolas participantes. A terceira exposição A matemática do zebrafish foi criada em função da temática da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2017 – A matemática está em tudo. Montada em poucos módulos em madeira, a exposição oferece alguns jogos para manipularem e um jogo online para que os visitantes entendam as operações matemáticas que são necessárias para o manejo e manutenção dos peixes. Montada no Instituto Butantan (22 de outubro a 5 de novembro) a exposição deverá percorrer outras instituições em 2018. O alcance das exposições ultrapassa 15.000 pessoas de diversas idades e interesses e permite a difusão dos temas tratados pelo CeTICS em espaços que são frequentados por públicos variados. Exposições nas quais os visitantes possam vivenciar e experimentar por meio da sua interpretação de desenhos, modelos de animais, textos, filmes e outros recursos são muito eficientes como forma de comunicação da ciência, como confirmam os resultados das avaliações realizadas.