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COMPARAÇÃO DE CELULOSE E NANOCELULOSE BACTERIANA PRODUZIDAS EM DIFERENTES SUBSTRATOS

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A celulose é o biopolímero mais abundante encontrado na natureza, sendo formado por monômeros de celobiose e esses são constituído de moléculas de glicose unidas por ligações glicosídicas do tipo β (1 4). As plantas são os principais produtores de celulose, entretanto alguns microrganismos, em especial a bactéria Gluconacetobacter xylinus, são capazes de sintetizá-los com a vantagem de produzi-los sem lignina como contaminante quando comparados à celulose vegetal. A celulose bacteriana apresenta uma maior cristalinidade, maior capacidade de retenção de água, quando comparado à celulose de origem vegetal, isto faz com que esta tenha uma aplicação em diversos setores, tais como, na produção de peles artificiais, na indústria de cosméticos e no setor alimentício. Um dos maiores problemas na produção da celulose bacteriana é em relação a escolha do substrato, que em geral é utilizado a glicose como fonte de carbono, e consequentemente acaba encarecendo o preço da celulose. Torna-se necessário um estudo para a substituição dos substratos com fontes de carbonos mais baratas na produção da celulose bacteriana. A indústria vinagreira produz celulose bacteriana e por muitas vezes acaba sendo um contaminante na produção do vinagre. Objetivou-se neste trabalho caracterizar membranas de celulose produzidas na indústria vinagreira e compará-las com as membranas produzidas em glicose como fonte de carbono. As celuloses foram caracterizadas por difratometria de raios-X, Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier e termogravimetria, sendo que em todas as análises não foi encontrado diferença na celulose produzida em glicose e produzidas na indústria vinagreira. Também foram produzidas nanocelulose cristalinas, produzidas a partir da celulose, produzida em substrato contendo glicose como fonte de carbono, e comparadas com as nanoceluloses produzidas a partir das celuloses obtidas na indústria vinagreira. Estas foram submetidos à análise de Difratometria de raios-X, espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier, e termogravimetria, e também não foram encontradas diferenças na nanocelulose produzida a partir da glicose, e a partir das celuloses obtidas da indústria vinagreira.