POTENCIAL PROBIÓTICO de Enterococcus faecium ISOLADOS de QUEIJO
São considerados microrganismos probióticos aqueles que chegam ao trato gastrointestinal com células viáveis suficientes para trazer algum tipo de benefício para o organismo ao serem ingeridos em doses diárias adequadas. A espécie Enterococcus faecium apresenta potencial utilização como bactérias probióticas. Portanto, o objetivo deste estudo foi isolar e avaliar a capacidade probiótica de Enterococcus faecium, provenientes de alimentos, comparado a cepa probiótica comercial de Lactobacillus acidophilus. Foram avaliados 96 isolados de Enterococcus sp provenientes de queijo produzidos artesanalmente, comercializados na cidade de Londrina-PR e 1 cepa comercial de L. acidophilus doado pela empresa CHR-Hansen®. O perfil genotípico foi realizado pela técnica de PCR. A suscetibilidade a eritromicina, tetraciclina e vancomicina foi avaliada pela técnica de Disco-Difusão. A viabilidade das cepas no sistema digestório foi observada submetendo os isolados a solução de pancreatina pH 8,0, a resistência a lisozima, a tolerância ao meio ácido e a auto-agregação. Pelos resultados da PCR obtivemos que 100% dos isolados pertencem ao gênero Enterococcus sp, sendo que 54,0 % eram E. faecium. Quanto a susceptibilidade a antimicrobianos, foi observado que 7 isolados foram sensíveis frente a todos os antimicrobianos testados. Quando submetidos a resistência a pancreatina à lisozima, a maioria dos isolados se comportou de forma positiva, chegando a superar a taxa de sobrevivência da cepa controle. Na tolerância ao meio ácido, observamos isolados resistentes a exposição por 3 horas. Do total de isolados analisados, 32 apresentaram capacidade de auto-agregação, representando 60 % dos E. faecium analisados. Destacamos os isolados 45A e 19A como os que chegaram a ter taxas de sobrevivência maior que a cepa comercial. Podemos concluir que em alguns testes os resultados foram mais promissores quando comparado a cepa controle, apresentando potencialidade como cepas probióticas.