52366

PCR PARA DETECÇÃO DE Brucella abortus EM QUEIJO MINAS FRESCAL.

Favoritar este trabalho

O queijo Minas Frescal é um dos produtos lácteos artesanais mais consumidos no Brasil. Entretanto, pela alta umidade, é um ambiente propício para a sobrevivência e multiplicação de alguns patógenos, como Brucella abortus, responsável pela brucelose. Esse cocobacilo gram-negativo pode infectar humanos, representando um risco à saúde pública, por ser veiculada pela ingestão de leite cru, não pasteurizado, e seus derivados. Este trabalho objetivou detectar, por meio da PCR (reação em cadeia da polimerase), o DNA de Brucella abortus em queijos Minas Frescal, a fim de verificar se os queijos foram produzidos com leite de animais infectados. O trabalho foi realizado no Centro Mesorregional de Excelência e Tecnologia do Leite (CMETL) da Universidade Estadual do Norte do Paraná, Campus Luiz Meneghel, Bandeirantes-Paraná. Foram coletadas 28 amostras de queijos artesanais, tipo Minas Frescal, diretamente com produtores da região sul de Minas Gerais, interior de São Paulo e norte do Paraná. A extração de DNA foi realizada pelo Kit Purelink Genomic (Invitrogen), segundo instruções do fabricante. Para amplificação do DNA foram utilizados os primers eri 1 (5´TTGGCGGCAAGTCCGTCGGT 3´) e eri 2 (5´CCCAGAAGCGAGACGAAACG 3´) (Bricker and Halling, 1995). Para o controle positivo foi utilizado DNA extraído da vacina B19 (microrganismo vivo atenuado) e para o controle negativo, água ultrapura. Para a PCR foram utilizados 14 μL de água ultrapura (Millipore), 20 μL de Master Mix – Eppendorf, 200 μM de cada dNTP , 1.25 U de Taq DNA Polimerase e 30 pmol de cada primer. Foram realizados 35 ciclos em três fases: desnaturação a 94ºC por 60 segundos, hibridização a 57ºC durante 120 segundos e extensão a 72ºC por 120 segundos. Após a reação de amplificação os produtos da PCR foram submetidos à eletroforese em gel de agarose a 2,0% a 100 V e adicionado de GelRed. A partir da foto-documentação constatou-se que nenhuma das amostras apresentou o DNA de Brucella abortus e, portanto, mesmo sendo utilizado o leite não pasteurizado, estes não estavam contaminados com esse microrganismo.