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LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DE TUBERCULOSE PULMONAR NO MUNICIPIO DE LONDRINA – PR.

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A Tuberculose Pulmonar (TBP) é uma doença infectocontagiosa transmitida de pessoa a pessoa principalmente pelo ar, causada pelo Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch). Atualmente, é um problema de saúde mundial onde grande parte dos casos (89%) se concentra em 22 países e o Brasil é um deles. A importância deste tema deve-se no fato de que, o portador de TBP que não adere à terapêutica, permanece doente e é fonte de contágio. Além disso, a interrupção do tratamento resulta na resistência medicamentosa devido à pressão seletiva exercida pelos antimicrobianos e à recidiva da doença. Devido a problemática exposta, o presente estudo tem como objetivo realizar o levantamento epidemiológico dos casos de TBP no município de Londrina- PR. Para tanto, foi realizada uma pesquisa para levantar dados do período de 2010 – 2016 nos bancos de dado do Ministério da Saúde. Os bancos de dados do DataSUS possuem informações referentes ao período de 2010-2012, ao longo deste período a média de incidência de novos casos de TBP foi de 18,24 /100 000 habitantes por ano, totalizando 182,44 novos casos em Londrina nos últimos 10 anos. A maior incidência registrada foi de 22,45 no ano de 2003, sendo prevalente no sexo masculino em todos os anos avaliados atingindo a média de 27,4 a população acima de 20 anos em ambos os sexos foi a que apresentou maior incidência. Comparada com Paraná no período de 2003-2008 a incidência notificada de TBP na região metropolitana de Londrina é de baixa magnitude, invertendo esse quadro a partir de 2009 onde os resultados observados demonstram um aumento na incidência em Londrina no período avaliado. A taxa de abandono ao tratamento é alta no Brasil resultando ao não rompimento da cadeia de transmissão, assim os pacientes com TBP permanecem doentes e é fonte de contágio. O abandono do tratamento é apontado como um dos principais fatores relacionados a multirresistência medicamentosa do complexo Mycobacterium e também a recidiva da doença, dificultando o processo de cura, elevando o tempo e o custo do tratamento. Desta forma, a associação medicamentosa adequada, doses corretas e uso por tempo suficiente, com supervisão da tomada dos medicamentos, são os meios para evitar a persistência bacteriana e o desenvolvimento e a emergência de cepas resistentes a fármacos, garantindo, assim, a cura do paciente.