A busca por substâncias com potencial antimicrobiano, antioxidante e outras propriedades biológicas, tem se direcionado para os produtos naturais, devido à viabilidade e acessibilidade na natureza. Ocotea minarum (Lauraceae) conhecida popularmente como “canela vassoura”, é empregada na medicina popular para o tratamento de diversas doenças, como propriedades antirreumática e sudorífera. O objetivo do trabalho foi investigar a atividade antimicrobiana pelo teste de microdiluição em caldo e avaliar a atividade antioxidante pelo ensaio com o radical DPPH dos extratos etanólico e suas frações (acetato de etila, hexano e hidroalcóolico) da casca e folha de Ocotea minarum. Os microrganismos utilizados para os testes de atividades biológicas foram provenientes da American Type Culture Collection (ATCC, Rockville, MD, USA), sendo eles: Staphylococcus aureus (25923) Staphylococcus epidermidis (12228) Salmonella Typhimurium (14028) Salmonella Enteritidis (13076) Bacillus cereus (11778) Pseudomonas aeroginosa (27853) Proteus mirabilis (35659). Os extratos que apresentaram melhor ação antimicrobiana foram às frações acetato de etila da folha: Staphylococcus aureus 125 µg mL^-1, Staphylococcus epidermidis 250 µg mL^-1, Salmonella Typhimurium 1000 µg mL^-1, Salmonella Enteritidis 1000 µg mL^-1, Bacillus cereus 62,5 µg mL^-1, Proteus mirabilis 1000 µg mL^-1. E a fração hidroalcóolica da casca: Staphylococcus aureus 125 µg mL^-1, Staphylococcus epidermidis 125 µg mL^-1, Salmonella enteritidis 1000 µg mL^-1, Bacillus cereus 62,5 µg mL^-1, Pseudomonas aeroginosa 1000 µg mL^-1, Proteus mirabilis 1000 µg mL^-1. A ampicilina foi utilizada como antibiótico de referência padrão. Para o teste antioxidante com o radical DPPH o extrato etanólico da folha teve a IC₅₀ de 10,5 ± 0,6 e o extrato etanólico da casca apresentou a IC₅₀ de 5,1 ± 0,2. Como controle foram utilizados o ácido ascórbico e o BHT. Assim esse estudo pode ser um ponto de partida para pesquisas no desenvolvimento de novos agentes antimicrobianos e/ou antioxidantes.