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INVESTIGAÇÃO DA FORMAÇÃO DE BIOFILME EM AMOSTRAS DE Escherichia coli ISOLADAS DE GALPÃO DE CRIAÇÃO DE FRANGOS APÓS SURTO DE COLIBACILOSE AVIÁRIA

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O biofilme é composto por um conjunto de células microbianas que se aderem as superfícies sólidas e formam uma matriz constituída por materiais poliméricos extracelulares que permitem a resistência a fatores externos impostos pelo ambiente e pelo homem. Outra característica é a capacidade de troca de material genético e a transferência de genes de virulência e resistência, devido à proximidade das células bacterianas dentro dessa matriz. Escherichia coli é um bacilo Gram negativo, pertencente à família Enterobacteriaceae e é um dos exemplos de bactérias formadoras de biofilme. E. coli patogênica para aves (APEC) é uma representante do grupo das Escherichia coli extra intestinais (ExPECs). Esta espécie pode causar colibacilose, que leva a manifestações clínicas severas e grandes perdas econômicas na indústria. Em nosso estudo tivemos o objetivo de investigar a formação de biofilme em amostras isoladas do ambiente de uma granja no sul do Brasil, após um surto de colibacilose em frangos. As amostras foram isoladas de nove áreas do galpão de criação, depois do processo de desinfecção, utilizando fumigação com formol. Como foi comprovado posteriormente que o composto químico não eliminou a bactéria, surgiu à hipótese de biofilme como uma maneira de sobrevivência. Para a investigação da formação do biofilme foi utilizada técnica de verificação da turbidez das amostras pela leitura da densidade óptica utilizando o corante cristal violeta a 0,5%, em espectrofotômetro no comprimento de onda a 570nm. Os controles negativos utilizados foram E.coli HB101 e DH5α e o controle positivo a E.coli T3. De acordo com o método, nossas amostras não apresentaram a capacidade de formação de biofilme comparado com os controles utilizados. Mesmo não havendo positividade para formação de biofilme é importante ressaltar que os resultados obtidos in vitro podem não condizer com as mesmas condições in vivo, além disso, outra hipótese é que fatores como mecanismos de resistência estejam envolvidos na sobrevivência e persistência desse micro-organismo no ambiente mesmo após o contato com agentes químicos tóxicos.