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HIDROFOBICIDADE E ADERÊNCIA DE Acinetobacter baumannii A DIFERENTES SUPERFÍCIES ABIÓTICAS

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Estudos sugerem que o ambiente hospitalar tem papel relevante na transmissão de patógenos e ocorrência de surtos de infecção. Acinetobacter baumannii (Ab) apresenta uma alta capacidade de permanência neste ambiente, o que parece estar relacionado à capacidade de Ab em aderir a superfícies abióticas bem como a velocidade com que esse microrganismo adquire resistência aos antimicrobianos. O presente trabalho avaliou in vitro a hidrofobicidade e capacidade de aderência de três isolados: uma amostra sensível (Ab-S) e uma resistente (Ab-MDR) aos carbapenêmicos e uma amostra resistente aos carbapenêmicos e polimixina (Ab-PanR). A hidrofobicidade foi determinada pelo teste de afinidade ao xileno em que um inóculo pesado obtido em ágar nutriente foi lavado e ressuspenso em tampão PBS. Após ajuste da densidade óptica (DO), adicionou-se xileno e, depois de agitação vigorosa e repouso, foi determinada a DO da fase aquosa para o cálculo do índice de hidrofobicidade (IH > 50%: altamente hidrofóbicas; IH entre 20 e 50%: moderadamente hidrofóbicas; IH < 20%: fracamente hidrofóbica). O teste de aderência foi realizado pelo método da réplica, utilizando-se vidro, poliestireno e fórmica. Após coloração com cristal violeta foi observada a intensidade de cor da amostra aderida, utilizando-se o seguinte critério: fortemente aderente (+++), moderadamente aderente (++), fracamente aderente (+) e não aderente (-). As amostras Ab-S e Ab-MDR foram fracamente hidrofóbicas e Ab-PanR foi moderadamente hidrofóbica. Quanto à aderência, Ab-S: poliestireno e fórmica (+), vidro (-); Ab-MDR: fórmica (+), poliestireno e vidro (-); Ab-PanR: poliestireno (+++); fórmica e vidro (+). Os resultados sugerem que possa existir uma relação entre o perfil de resistência e a capacidade de aderência e hidrofobicidade desses isolados. Futuras investigações devem ser realizadas com um número maior de isolados com intuito de compreender esses mecanismos.