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FAGOCITOSE DE CÉLULAS DE VARIANTES MORFOLÓGICOS DE Candida tropicalis ADVINDOS DE SWITCHING FENOTÍPICO POR HEMÓCITOS DE Galleria mellonella

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Dados epidemiológicos regionais apontam que no ano de 2014 Candida tropicalis foi a espécie responsável por mais de 30% dos casos de candidemia no Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina. Recentemente o evento de switching fenotípico foi descrito por alterar o perfil de fatores de virulência nesta espécie, incluindo o potencial de virulência em Galleria mellonella. O presente estudo teve como objetivos avaliar o perfil de fagocitose in vivo, por hemócitos de G. mellonella, de células de variantes fenotípicos (parental liso, variantes crepe e rugoso e revertentes de crepe e rugoso) do sistema de switching de C. tropicalis 49.07, e investigar a interação de hemócitos e células de C. tropicalis in vitro empregando microscopia eletrônica de varredura. As células dos diferentes fenótipos foram coradas com Calcofluor white, e inoculadas em larvas de G. mellonella (2x105 células/larva). Após incubação de 6 horas, a hemolinfa das larvas foi retirada e os hemócitos foram contados em hemocitômetro e observados em microscópio de fluorescência. Observou-se que a densidade de hemócitos nas larvas infectadas com células fúngicas, foi inferior às que receberam apenas PBS (controle), sugerindo que C. tropicalis pode causar dano em hemócitos de G. mellonella. Em relação aos perfis fagocitários, morfotipos crepe e rugoso apresentaram menor porcentagem de células fagocitadas, seguidos por seus revertentes e pela linhagem parental, que apresentou as maiores taxas de fagocitose. As micrografias eletrônicas permitiram a visualização da interação entre as células dos morfotipos e as células de defesa de G. mellonella. Os resultados do presente estudo sugerem que embora a fagocitose seja um importante mecanismo de defesa para G. mellonella, este parece não ser o único mecanismo de resposta à virulência de C. tropicalis, uma vez que os isolados que apresentaram perfis fagocitários semelhantes, não apresentam virulência equivalente. No entanto é evidente que há interação entres as células.