Candidíase mucocutânea crônica constitui um grupo heterogêneo de síndromes caracterizadas por infecção não invasiva na pele, unhas e mucosas; há em todas as condições, uma redução de citocinas de proteção que favorece o desenvolvimento da doença. O papel das citocinas em lesões de pele tem sido pouco pesquisado. Este estudo teve como objetivo, investigar a progressão da doença, compreender os componentes celulares e moleculares específicos envolvidos na imunidade à Candida albicans para determinar o equilíbrio entre citocinas pró e anti-inflamatórias durante o curso da infecção cutânea em camundongos imunocompetentes. Camundongos Balb/c (cinco por grupo) foram inoculados com 5x10⁶ pseudohifas de C. albicans na derme profunda da pata por 21 dias e a pata contralateral foi utilizada como controle. Hematoxilina-Eosina foi o método de coloração da pele dos camundongos durante a infecção de C. albicans e foi realizada para analisar as modificações estruturais na epiderme, tais como a hiperplasia, a infiltração de neutrófilos e fibroblastos na derme. As citocinas foram determinadas por ELISA de captura usando tecido linfonodo poplíteo. As citocinas pró-inflamatórias (IL-6, TNF-α, IL-12, e IFN-γ, IL-17) foram detectadas a níveis significativos durante a fase inicial da infecção cutânea e correlacionada com a eliminação rápida de C. albicans. As citocinas anti-inflamatórias (IL-13, IL-4, IL-10, TGF-β), que foram detectadas no quarto dia após a infecção, impediram inflamação exacerbada e a cura da lesão. Assim, um balanço entre as citocinas anti e pró-inflamatórias foram fundamentais para a resolução da doença. Este conhecimento é importante, pois pode ser útil na compreensão dos mecanismos imunológicos envolvidos na candidíase cutânea crônica. As citocinas mostraram a grande importância frente à resposta a C. albicans, na qual um desequilíbrio pode atrasar na resolução da infecção ou protelando por um grande período a persistência do fungo. No curso da infecção observado com a avaliação da espessura da epiderme, pode demostrar a grande diferença entre os dois grupos estudados, comprovando os níveis de citocinas alterados e a presença da C. abicans até 14 dias da infecção, demostrado pela UFC e o PAS, fechando assim um trabalho que cada experimento independente do outro deram resultados que justificaram cada dado encontrado.