Anais do Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica / Congresso Fluminense de Pós-Graduação
Anais do XIV Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica / VII Congresso Fluminense de Pós-Graduação

O Autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que compromete a capacidade de comunicação e de socialização, podendo ser observado através de comportamentos repetitivos e estereotipados. É muito importante que os cuidadores identifiquem os sinais de alerta para o Transtorno do Espectro Autista e procedam ao encaminhamento para uma intervenção precoce, caso a suspeita se confirme. Na escola, local de grande interação social, os professores devem investigar se crianças da mesma faixa etária desempenham competências e habilidades aproximadas às que se espera para uma criança da mesma idade, pois existem marcos importantes do desenvolvimento que precisam ser observados. Portanto, nosso objetivo é levar a todos os públicos, principalmente professores, informações e orientações relevantes à identificação de sinais para TEA, de forma objetiva e didática. Uma vez diagnosticado o transtorno, os professores deverão analisar sua prática docente e contribuir para o pleno desenvolvimento dos alunos, atribuindo valor às suas particularidades e imputando estímulos a seus objetos de interesse. Foram, então, relacionadas algumas características mais comuns, porém não exclusivas, e que nos servem de alerta. Destacou-se aspectos de crianças de seis meses a quatro anos. Assim, foi possível desenvolver uma cartilha com algumas questões sobre as peculiaridades do autismo na infância. Nela também encontramos informações sobre o autismo em meninas, com suas especificidades em relação aos meninos. Outro ponto destacado foram os cuidados que se considera necessários à interação social, a exemplo, quando a crise sensorial acontece. A cartilha indica, ainda, uma legislação que garante os direitos da criança com TEA e com outros transtornos e que fazem parte dos princípios fundamentais para a inclusão social e para uma educação verdadeiramente inclusiva. Promover discussões sobre TEA na sociedade significa oportunizar aos autistas formas de se manter no mundo com a garantia da preservação de sua individualidade e de melhor qualidade de vida. Como se trata de uma proposta de trabalho destinada a todos os públicos, mas com um viés especialmente voltado aos educadores, devemos considerar que, de forma geral, muitos professores têm observado em suas escolas, como reflexo de uma avaliação mais completa e diagnóstico mais preciso, uma maior incidência de casos. Em adultos, o diagnóstico, muitas vezes tardio, tem auxiliado na detecção de novos casos, aumentando igualmente sua incidência. Este trabalho deverá, portanto, permitir que muitas pessoas tenham acesso à informação para que nossa sociedade possa agir com respeito e responsabilidade frente a esta temática.