Anais do Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica / Congresso Fluminense de Pós-Graduação
Anais do XIV Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica / VII Congresso Fluminense de Pós-Graduação

O milho (Zea mays) é um dos principais cereais cultivados no país. Os custos de produção dessa cultura são significativamente impactados pelo uso de agroquímicos e fertilizantes nitrogenados. Ademais, o uso indiscriminado destes insumos conduz a problemas ambientais, além de pôr em risco a saúde dos agricultores e consumidores. Diante disto, o uso de bioinoculantes, formulados a base de bactérias promotoras de crescimento vegetal (BPCV), se mostra uma alternativa viável e sustentável para a cultura do milho. As BPCV podem ser encontradas no próprio corpo da planta, e ao conjunto desses microrganismos que o habitam, dá-se o nome de microbioma endofítico, o qual é capaz de colonizar e se estabelecer nos diferentes nichos da planta, mantendo relações benéficas com o vegetal. Com isto, este trabalho tem o objetivo (i) de analisar a promoção do crescimento de plântulas de milho (var. SHS 5050) em resposta à inoculação de 12 isolados bacterianos oriundos do seu microbioma; (ii) avaliar o impacto da inoculação na atividade microbiana no sistema solo-raiz pelo método FDA; e (iii) observar a diferença na germinação das sementes diante do contato com os diferentes tratamentos. A metodologia empregada consistiu (i) inicialmente com o processo de purificação e cultivo das bactérias em meio NB (Nutriente Broth) para formulação do inóculo, e em seguida com o plantio das sementes em tubetes contendo substrato Basaplant; estas divididas em 13 tratamentos (incluindo controle e as 12 linhagens bacterianas). O experimento foi conduzido em casa de vegetação por 20 dias, e neste tempo foram realizadas medições de parte aérea. Dados os 20 dias do plantio, as plantas foram retiradas do substrato e foi medido o comprimento de parte aérea e raiz, assim como o peso das massas frescas, após coleta; e secas, após secagem em estufa à 50 °C por 72h. A atividade microbiana no solo foi avaliada pelo método de hidrólise de diacetato de fluoresceína; O ensaio de germinação, foi realizado em papel Germitest, com 8 sementes por placa de Petri, sendo que cada placa recebeu um tratamento (+ controle) durante 7 dias em Incubadora BOD. Os resultados referentes às análises biométricas (somados às comparações com resultados anteriores) apontaram para dois tratamentos que se destacam; espera-se que os ensaios de germinação, logo, apresentem variação quanto aos tratamentos, e que pelo método FDA seja possível determinar se houve modulação da comunidade microbiana em função da inoculação.