O lugar da empatia na relação entre o profissional da enfermagem e o paciente vítima da COVID-19 na Unidade de Terapia Intensiva

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Pós-Graduação-Oral
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Resumo

Considerada como a base para uma comunicação efetiva e uma das mais importantes habilidades a serem desenvolvidas pelo ser humano, a empatia permite em um contexto de diálogo entre duas pessoas ou mais, o entendimento da perspectiva do próximo. O presente artigo tem como objetivo refletir sobre a importância de se compreender o papel da empatia na relação estabelecida entre a enfermagem e o paciente vítima da COVID-19 no cenário da UTI considerando a Abordagem Centrada na Pessoa elaborada por Carl Rogers. O desenvolvimento metodológico seguiu os pressupostos da abordagem qualitativa de uma revisão da literatura mediante a pesquisa bibliográfica de artigos científicos, além da exploração dos autores e suas obras para tratar os temas enunciados. Nesse pressuposto, para o levantamento bibliográfico, a busca foi embasada em publicações obtidas em bases de dados como SCIELO, Pubmed, Biblioteca Virtual da Saúde, com acesso em abril de 2021, utilizando os descritores: COVID-19, profissionais da enfermagem e empatia. Como resultado, foi possível refletir a partir dos trabalhos analisados a respeito da prática da enfermagem na UTI no contexto da pandemia. O autoconhecimento e a capacidade de discernir entre as emoções que são próprias e as dos outros, de permanecer atento aos efeitos das suas práticas nos pacientes, representam aspectos importantes para a adoção de atitudes empáticas. Nessa perspectiva, como discussão, Carl Rogers, psicólogo norte-americano que criou a ACP por volta dos anos 50 do século XX, contribui afirmando que o indivíduo possui dentro de si variados recursos para a auto compreensão e que tais recursos podem ser liberados quando existem atitudes psicológicas facilitadoras. Dentre elas está a compreensão empática que, segundo o autor, é caracterizada pela atitude de experimentar o que o outro está sentindo, enxergando através da perspectiva do mesmo. O profissional que cuida dos pacientes acometidos pela COVID-19, aberto a uma compreensão mais empática,1 busca perceber o mundo na perspectiva do paciente possibilitando uma maior proximidade, um cuidado sem julgamentos, compreendendo a sua forma de experienciar a sua doença. A ACP quando empregada para além da psicoterapia, no contexto das UTI, possibilita uma escuta sensível que ajuda o paciente a entender e enfrentar o momento de enfermidade. Conclui-se que Rogers, através da compreensão empática, possibilita à enfermagem um melhor entendimento do universo do seu paciente, além de possibilitar que ele se expresse dentro do seu contexto de atuação. Materializar o comportamento empático é um desafio no cotidiano das instituições de saúde especialmente no atual cenário da pandemia.

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Instituições
  • 1 Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
Eixo Temático
  • 10 PPG Cognição e Linguagem
Palavras-chave
COVID-19
Profissionais da saúde
Empatia