Hematologia de Serpentes: Revisão de literatura

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Resumo

As serpentes estão presentes em todos biomas do mundo, com exceção das calotas polares, e a maioria desses animais não apresentam risco à saúde humana. Os hemogramas podem ser utilizados para identificar alterações e distúrbios que afetam o tecido sanguíneo, como anemias, infecções, inflamações, alterações hemostáticas e alterações na linhagem hematopoiética. Este trabalho teve como objetivo a descrição das principais metodologias e achados hematológicos referentes às serpentes citadas na literatura. A contenção de animais não peçonhentos é feita utilizando um gancho e as mãos. A contenção química pode ser realizada utilizando o isoflurano para a indução anestésica. A coleta sanguínea é realizada pela veia coccígea caudal, veias espinhais dorsolaterais ou cardiocentese. Os anticoagulantes mais usados são o EDTA e a heparina e as amostras devem ser processadas o mais rápido possível. A contagem automatizada das células sanguíneas não é recomendada, sendo necessária a realização de métodos manuais, utilizando a câmara de Neubauer para hematimetria, leucometria e contagem de trombócitos, microhematócrito e hemoglobinometria, sendo está última realizada por testes de kits comerciais ou equipamentos de química seca. O hematócrito das Corallus hortulanus e Bothrops leucurus em literatura revisada variou de 24,7% e 22,3%, respectivamente, o valor de hemoglobina das Python sebae foi de 6.85 ± 1.26 (g/dL). O volume corpuscular médio descrito para as Python sebae foi de 66.93 fl, enquanto para Bothrops leucurus foi registrada média de 567,86 fl. A hemoglobina corpuscular média das Crotalus durissus foi descrita no intervalo de 74 ± 17 pg. A concentração de hemoglobina corpuscular média de Crotalus durissus relatada foi de 51 ± 6 (g/dl), a contagem total de eritrócitos nas Corallus hortulanus e Python sebae foram de 1±0,17 (106/L) e 3.03 ± 0.57 (1012/L), respectivamente. A contagem total de leucócitos nas Bothrops leucurus e Corallus hortulanus citada em literatura foi de 8,92 (103/mm3) e 11400 ± 3500, respectivamente, e a contagem total de trombócitos descrita em Corallus hortulanus foi de 6900 ± 2400. Os parasitas mais comuns no sangue de serpentes são os hepatozoons. A presença de eosinófilos no sangue periférico de serpentes é rara ou até inexistente, entretanto alguns autores relatam essas células em seus estudos. As policitemias podem ocorrer por conta da desidratação, enquanto as anemias podem ser mascaradas nessa condição. O hemograma é um exame de grande importância para avaliação da higidez dos animais e avaliar o ambiente em que esses animais vivem, logo são necessários maiores estudos para estabelecer e reunir os padrões hematológicos das serpentes.

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Instituições
  • 1 Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
Eixo Temático
  • 1.4 UENF - Ciências Agrárias
Palavras-chave
sangue
Répteis
Hemograma