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Educação antirracista no currículo de geografia em escolas de Campos dos Goytacazes- RJ
Felício Alves de Azeredo
Universidade Federal Fluminense
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Bairros Negros no município de Itaperuna-R.J.Entende-se o currículo escolar como o elemento que norteia toda a trajetória de uma escola, buscando orientar as práticas docentes em diferentes níveis de ensino. No âmbito racial é necessária a elaboração de um currículo que ressalte as questões raciais, para atender os alunos que passam por situações diversas devido a sua raça, não no sentido biológico – até porque esta não existe –, mas a raça como estratificação social. Uma maneira de se alcançar um currículo antirracista é descolonializando os currículos brasileiros. É importante destacar que lutar por um currículo descolonial não é fácil, uma vez que a cultura que permeia o currículo
está sempre resistindo e criando mecanismos para se manter. O presente trabalho tem como objetivo geral observar e analisar como os professores de geografia de Campos dos Goytacazes abordam os conteúdos, conceitos e temas raciais, tendo por base a perspectiva descolonial defendida por Fanon (1963), por Hall (2003), pelo Parecer CNE/CP 003 (BRASIL, 2004), por Quijano (2010) e por Gomes (2020). Objetiva-se analisar documentos curriculares, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), políticas e programas de educação antirracista. Assim, compreender estas práticas trará dados sobre como são trabalhados com os
discentes assuntos que podem ajudar a combater o racismo. A hipótese norteadora da pesquisa sinaliza que, apesar da criação de políticas públicas voltadas para uma educação antirracista no ensino da geografia nas últimas décadas, as discussões sobre essas questões dificilmente são abordadas nas aulas desta disciplina em Campos dos Goytacazes, seguindo um caminho contrário às leis que garantem a abordagem deste conteúdo nas escolas. Ao que parece, o currículo antirracista não está sendo adequadamente implementado pois parte das próprias
instituições de ensino é racista, principalmente porque em nosso país está amplamente difundido o mito da democracia racial, que deve ser desconstruído, a fim de que o racismo seja verdadeiramente combatido. Em pesquisa realizada anteriormente, verificou-se a importância de trabalhar na geografia com um currículo antirracista como forma de combater o racismo estrutural, pretendendo-se agora analisar como os professores da rede estadual de Campos abordam este tema em suas aulas. Os resultados parciais da pesquisa apontam que a geografia enquanto ciência e disciplina pode contribuir para combater a estrutura racista que
tem se perpetuado na sociedade brasileira.
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