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A análise dos conflitos enquanto manifestação concreta das relações sociais possibilita identificarmos os tensionamentos existentes na sociedade, apresentando o grau e a capacidade de articulação e mobilização dos protagonistas e a capacidade de ocupar espaços. A pesquisa em tela surge como resultado de reflexão da experiência acadêmica em grupo de pesquisa no Núcleo de Estudos sobre Território e Conflitos Sociais com participação em projetos de pesquisa, e do Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharelado em Geografia (2018) intitulado “Uma contribuição geográfica para a sistematização e análise da conflitividade no Norte Fluminense.”, em que realizamos sistematização de dados secundários coletados no banco de dados da Comissão Pastoral da Terra (Datacpt – Banco de Dados dos Conflitos no Campo – CPT). Após o trabalho exaustivo de dedicação a leitura, coleta e sistematização de 32 anos de informações sobre os diversos conflitos, analisamos diversas formas de melhor apresentar e relacionar esses dados. Enquanto resultados, foi possível constatar que o Norte Fluminense possui grande área conflitiva, onde são expressos os contínuos conflitos que objetivam uma reforma da estrutura fundiária na região articulando suas lutas com as demais escalas espaciais. A partir das inquietações advindas desse trabalho sobre a região Norte Fluminense, propomos apresentar também considerações iniciais acerca da conflitividade sócio-espacial (luta pela terra e conflitos trabalhistas) no município de Campos dos Goytacazes, no período de 1985 a 2020, destacando e espacializando especificamente os conflitos por terra e trabalhistas. A escolha do recorte espacial se dá a partir de toda a sistematização feita anteriormente, que permitiu identificar que no período de 1985 a 2017 o município de Campos dos Goytacazes apresentou grande índice de registro de ocorrência de conflitos trabalhistas (83%), conflitos por terra (49%), e ocupações/retomadas (51%), ou seja, é o município que apresentou maior índice de conflitividade do Norte Fluminense (APOLINÁRIO, 2018). Em suma, quando apresentamos os variados tipos de conflitos, nos referimos a construção de relações sociais e de poder pautadas em um constante enfrentamento de sujeitos que denunciam, resistem à opressão e a violação de direitos perpetradas pelos latifúndios e grandes empresários. Para enfrentamento dos mecanismos de desmonte dos direitos e contra a violência, as lideranças, os sem-terra, os trabalhadores, os pequenos produtores rurais, as comunidades ribeirinhas, entre outros, buscam a construção de estratégias de luta que possibilitem ampliar sua escala de abrangência política.
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