Para citar este trabalho use um dos padrões abaixo:
Esse trabalho foi produzido a partir dos estudos realizados pelo Núcleo de Ensino e Pesquisa sobre Espaço e Currículo de Geografia e Imagem e Multiculturalismo da Universidade Federal Fluminense, Campus Campos dos Goytacazes, fomentado pela CAPES, através do Programa de Residência Pedagógica, desenvolvido no C. E. Manoel Pereira Gonçalves. Percebe-se que, no Brasil de certa forma somos privados da nossa própria história de resistência, a história que nos contam é que os negros foram escravizados e ponto, não mencionado que existiram resistências dentro desse contexto histórico. Esse trabalho tem objetivo investigar sobre Identidades e Representatividades Geográficas Negras na educação Étnico-Racial, que tem discutido, refletido e proposto possibilidades pedagógicas para pensar a atuação do negro de identidades e representatividades em lugares, espaços e em paisagens que, até então, era visto numa perspectiva colonial, e, o negro estava invisível ou reconhecido de forma negativa. Utilizando como metodologia a pesquisa bibliográfica e os encontros semanais para discussão dos temas em grupo, tendo como base de estudo, autoras feministas e pretas, como Djamila Ribeiro e Carla Akotirene. O conceito de raça foi criado pelos colonizadores para hierarquizar os superiores, inferiores e subordinados. O movimento negro reutilizou esse conceito de uma forma política, raça enquanto grupos políticos, solicitando medidas reparatórias. Todavia, o que aumenta o racismo não é você falar em raça, o que acentua o racismo é a luta política-econômica pela manutenção dos privilégios. A mudança na igualdade e nas oportunidades não vai desqualificar, vai possibilitar todos terem direitos, igualdade e chaces iguais. Na medida que você consegue igualdade e possibilidades, esse sistema desmonta. O que nós precisamos hoje é da humanização das diferenças, o "diferente" tem que ser visto como humanos para poder ter direitos há tudo isso que está sendo colocado aqui.
thamires de azevedo eduardo
Tema ótimo e necessário de ser discutido.
A luta ainda é diária, e constante.
Mas aí fica meu questionamento, como nós professores podemos levar este assunto as salas de aula de uma forma atual para uma humanização das diferenças ?
Carolina França Pessanha
Boa tarde, Gisele!
Primeiramente, gostaria de parabenizar pela temática do trabalho. Extremamente necessária, sobretudo, no contexto atual.
Gostaria de saber um pouco mais sobre as propostas pedagógicas que vocês tem pensado e levantado para a promoção dessas discussões e debates no âmbito da educação básica.
Gisele Caetano de Azevedo
Boa noite, Carolina!
Como mencionado anteriormente, nossos encontros semanais junto ao coordenador Edimison e preceptores, acontece justamente para traçarmos metas e criarmos estratégias que sejam aplicáveis. Algumas das nossas produções utilizadas como forma pedagógica para discutir essa temática racial em sala, foi a criação de podcast e videoaula, considerando o atual senário que estamos passando. Nossa preocupação foi poder levar esse debate mesmo não estando em sala de forma física. Além, desse projeto, nosso laboratória tá se estruturando de uma forma que no espaço criado e chamado de Ludoteca Étnico-Racial Camilo José Gomes, nome este em reconhecimento ao escravizado, Camilo José Gomes, que em 1847, lutou na justiça, em Campos, pela sua alforria. A Ludoteca Étnico-Racial Camilo José Gomes é um espaço pedagógico onde se cria brinquedos e materiais pedagógicos exclusivamente de representatividade negra. O espaço funciona como lugar de ensino, pesquisa e extensão.
Fernanda Malaquias
Ótimo trabalho, parabéns pela abordagem e temática!
Gisele Caetano de Azevedo
Obrigada!
Mateus França Pessanha
Pesquisa muito interessante e de extrema importância, faz-nos refletir sobre como o racismo colonial ainda caminha sobre a sociedade, porém com uma face nova e moldada por um viés segregador e capitalista.
Gisele Caetano de Azevedo
Boa noite, Mateus!
Por isso nossos encontros semanais e atividades quanto residentes, junto ao nosso coordena Edimilson e preceptores, nos proporciona o privilégio de discutir essa temática e criar estrategias para serem aplicadas no contexto escolar a qual estamos inseridos, atuando como Residente Pedagógico.
Mauricio Firmino Mata
Gisele Caetano de Azevedo
Boa noite, Maurício!
Nosso trabalho é exatamente esse, ampliar essa discussão em sala de aula, fazendo com que as pessoas respeitem toda história do "Homem Preto", consequentemente trazendo uma reflexão sobre a invisibilidade que ainda ocorre na sociedade. Na própria geografia temos o saudoso Milton Santos, Considerado um dos mais renomados intelectuais do Brasil no século XX, um homem Preto que lutou muito para ter esse reconhecimento, deixou um legado para todos os geógrafos e conhecedores de outras áreas. Sabemos que não é um trabalho fácil, nossa missão é provocar discussões e produzir materiais pedagógicos relevantes dentro dessa temática.
Com ~200 mil publicações revisadas por pesquisadores do mundo todo, o Galoá impulsiona cientistas na descoberta de pesquisas de ponta por meio de nossa plataforma indexada.
Confira nossos produtos e como podemos ajudá-lo a dar mais alcance para sua pesquisa:
Esse proceedings é identificado por um DOI , para usar em citações ou referências bibliográficas. Atenção: este não é um DOI para o jornal e, como tal, não pode ser usado em Lattes para identificar um trabalho específico.
Verifique o link "Como citar" na página do trabalho, para ver como citar corretamente o artigo
Gisele Caetano de Azevedo
Thamires, boa noite!
Obrigada pela pergunta de grande relevância.
Nós professores, precisamos ter um olhar sensível para desenvolver uma educação inclusiva, trabalhando em sala diversas atividades que quebram essas barreiras históricas. Alguns exemplos de como podemos desenvolver essa temática, no contexto escolar: mostrar de forma neutra que todos possuem capacidade intelectual de desenvolver qualquer categoria de atividade, independente da sua cor e classe social. Podemos utilizar exemplos de homens e mulheres (pretos), que possuem um posicionamento de destaque na sociedade. Fazendo com que todos possam refletir que, a invisibilidade do negro nos espaços, impossibilitam os indivíduos a perceberem que o preto produz conhecimento e possui uma capacidade gigantesca como qualquer outra pessoa. Mas, sabemos que não é um trabalho fácil, estamos na luta para quebrar essa invisibilidade.