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O aumento da obesidade tem sido algo preocupante quanto à saúde da população em geral. No Brasil, a estimativa é que 60% da população já esteja com sobrepeso. Além da obesidade ser um problema, ela pode trazer consigo outras comorbidades, como diabetes, doenças cardiovasculares, e, também, danos à postura da pessoa. Analisando a postura de um indivíduo, é natural existirem curvaturas na coluna, que são formadas de acordo com o desenvolvimento da pessoa, no intuito de exigir a mínima sobrecarga sobre as estruturas ósseas, musculares e articulares, com o menor gasto energético e maior equilíbrio. Contudo, o aumento do Índice de Massa Corporal (IMC) gera uma sobrecarga sobre essas estruturas, o que pode provocar alterações significativas e acarretar em sérios problemas posturais. O objetivo do trabalho foi realizar uma revisão de literatura analisando evidências sobre a relação entre o aumento do Índice de Massa Corporal, os desvios posturais e se a prática de exercícios físicos pode amenizar problemas de postura. Para isso, foi realizada uma busca em bancos de dados bibliográficos utilizando-se as palavras-chave: obesidade e desvios posturais, prática de exercícios físicos e postura, exercícios físicos. Os bancos de dados utilizados foram SciELO, Lilacs e Pubmed. A obesidade pode gerar prejuízos à postura devido a alterações no centro de gravidade causadas pelo aumento da massa corporal. Isso pode gerar, como consequência, uma hiperlordose lombar, uma hipercifose torácica, até mesmo uma hiperlordose cervical. Tal fato faz com que o organismo procure formas para manter o equilíbrio, provocando possíveis quadros de algia por conta da compensação feita pelo corpo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 80% dos adultos terão pelo menos uma crise de dor lombar durante a sua vida, e 90% destes apresentarão recorrência da dor. Partindo-se do pressuposto de que a lombalgia é um problema grave, que implica, inclusive, em complicações sociais, como abstenção no trabalho, torna-se importante a análise de alternativas para se prevenir e para se tratar os quadros álgicos. Para tanto, destacou-se a necessidade da prática de exercícios físicos como uma importante forma de se fortalecer a musculatura responsável pela postura correta, assim como seu uso para a diminuição do IMC, com o intuito de que ocorra o retorno do centro de gravidade corporal ao seu lugar ideal, minimizando problemas posturais. A prática de pilates se destaca como um exercício extremamente benéfico no fortalecimento do grupo de músculos responsáveis pelas estabilizações estática e dinâmica do corpo. A associação de ambos tem se mostrado benéfica tanto na melhora da postura de indivíduos obesos quanto na prevenção de problemas posturais. Desta forma, conclui-se que o aumento do IMC pode levar a alterações posturais, podendo acarretar em quadros álgicos. Assim, a prática de exercícios físicos, tanto para a diminuição de massa corporal quanto para o fortalecimento da musculatura estabilizadora da coluna, é um importante recurso para que haja uma melhoria na qualidade de vida do indivíduo.