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O PROCESSO DE ADAPTAÇÃO DO ROMANCE ORGULHO E PRECONCEITO PARA UMA WEBSÉRIE

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Orgulho e Preconceito está entre os livros mais vendidos no mundo, provavelmente pelo fato de constar na lista das narrativas mais adaptadas. Como a adaptação é um processo de criação, a narrativa ao ser transposta de um sistema de signos para outro sofre alterações que dependem da mídia, do gênero, do tradutor, do contexto cultural, do público-alvo. Todos esses fatores influenciam na forma como o texto literário é apreendido para outro formato. Em 2012, Hank Green e Bernie Su adaptaram a narrativa de Jane Austen para o formato da websérie estadunidense intitulada The Lizzie Bennet Diaries. Os produtores preocuparam-se em atualizar o romance para um público ainda pouco contemplado com adaptações de textos literários na época: os webespectadores (AERAPHE, 2013). A partir de estudos sobre webséries (HERGESEL, 2014), a plataforma YouTube (MEILI, 2011) e adaptação (HUTCHEON, 2011), analisaremos as principais transformações realizadas na transposição do romance para a websérie: a mudança de mídia, de foco e de contexto. Além da transpor signos verbais para não-verbais, os produtores tiveram que adequar a narrativa ao ambiente interativo da nova mídia, narrar a história de uma nova perspectiva e criar conflitos atuais para o enredo.