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CONSIDERAÇÕES SOBRE OS ADJETIVOS STAGE LEVEL NA PREDICAÇÃO SECUNDÁRIA

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Considerando a peculiaridade dos adjetivos e as diferentes maneiras com que estabelecem relações com os demais constituintes de uma sentença, propomos uma análise acerca das construções de predicação secundária (PS) adjetival e seus diferentes contextos de ocorrência no português brasileiro. O objetivo é apontar padrões de ocorrência desse tipo de construção e, ainda, apresentar possíveis justificativas para as restrições desse fenômeno, levando em conta um tipo específico de adjetivo (AP). Em geral, a PS adjetival ocorre com APs do tipo Stage Level, que são aqueles que ocorrem com a cópula estar e apresentam características passageiras, como contente, cheiroso e quebrado. Veremos que, no entanto, nem todo tipo de AP Stage Level funciona em uma estrutura de PS. É necessário um tipo específico de AP, no qual possamos inferir uma duração temporal. Para realizar essa investigação, tomaremos como base o modelo teórico da gramática Gerativo-Transformacional de Chomsky (1986), a noção de Predição Secundária apresentada por Foltran (1999) e o conceito de Stage Level proposto por Carlson (1977).