64424

A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA NA EXPECTATORIEDADE DO DOCUMENTÁRIO SÃO SILVESTRE

Favoritar este trabalho

Este artigo corresponde à análise da estética, forma e estilo presentes no filme documentário brasileiro São Silvestre, dirigido por Lina Chamie, de 2013. Longa metragem trata da corrida de rua de longa distância mais tradicional do país, realizada anualmente na capital paulista. O que desperta interesse em se fazer um estudo sobre a estética fílmica, é o fato de que São Silvestre não conta com diálogos, falas, nem a presença de um narrador como em estilos de documentários clássicos produzidos no Brasil. A obra guia o espectador basicamente pelas imagens-câmera, sejam as captadas pelo protagonista ao utilizar uma steadicam fixada a ele enquanto corre, quanto as captadas por outros sujeitos, formatos embasados pelas teorias de Fernão Pessoa Ramos. Os significados, portanto, são promovidos ao aliar estas imagens aos sons. Elementos que permitem situar este documentário em um estilo poético e performático. O estudo também conta com conceitos de mise-en-scène, ou seja, todos os elementos dispostos no filme, noções sobre estilo e as opções estilísticas feitas pela diretora, além de trazer questões sobre a forma fílmica, conceitos estes fundamentados por David Bordwell.