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OS AVANÇOS E DESAFIOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL DE ALUNOS COM TRANTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

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Segundo a publicação da quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, os Transtornos do Espectro Autista (TEA) englobam todos aqueles sujeitos diagnosticados com o Transtorno Autista, Transtorno de Asperger e Invasivo do Desenvolvimento sem outra Especificação (RIBEIRO,2017). Algumas pessoas com TEA podem ter dificuldades de aprendizagem em diversos estágios da vida, desde estudar na escola, até aprender atividades da vida diária, como, por exemplo, tomar banho ou preparar a própria refeição. As práticas inclusivas para alunos com TEA são importantes no dia-a-dia da sala de aula, tendo em vista a prioridade na aprendizagem, comunicação e interação dos alunos, e não apenas à presença física. O objetivo desse trabalho é analisar os avanços e desafios na educação infantil de alunos com TEA. Trata-se de um estudo de revisão de literatura com análise reflexiva realizada em artigos publicados nos últimos cinco anos e que se encontravam disponíveis na íntegra, tendo como apoio o MegaPortal Científico Scholar. Com a análise desses dados constatou-se que, quando tratamos de TEA e o processo inclusivo, a escola apresenta várias dificuldades porque utilizam quase exclusivamente os métodos tradicionais de ensino, que não correspondem às expectativas desse grupo discente, tendo em vista que as maneiras de aprenderem não são e nem podem ser iguais às das outras crianças (MAGALHÃES,2017). Apesar da Declaração de Salamanca (1994), da LDB 9.394/96, da Lei 12.764/12 (Lei Berenice Piana), dentre outros documentos que amparam legalmente os direitos das pessoas com necessidades educacionais especiais (especificamente das pessoas com TEA), ainda há o desrespeito e/ou desconhecimento sobre esses direitos. O setor pedagógico se mostra despreparado para realizar a inclusão dessas crianças, já que esse processo exige uma gama de conhecimentos específicos, começando com os mais simples conceitos e as práticas na sala de aula, incluindo estudo dos conteúdos, adaptação de atividades de sala e de casa, trabalhos individuais e coletivos e a rotina do aluno autista. O professor precisa ter ao menos um conhecimento básico para ser gestor de uma sala com aluno com TEA ou um mediador de aprendizagem e, infelizmente, a maioria das escolas no Brasil não tem no seu quadro docente profissionais com formação adequada para entender a inclusão e muito menos para atuar de forma pedagógica e correta (MAGALHÃES,2017). Pode-se dizer que avanços foram atingidos, considerando que o tema vem sendo discutido com maior frequência e que o autismo já não é classificado como doença mental ou psicose, como foi no passado, até a década de 70 (ALONSO,2016). Porém, apesar desses reconhecimentos, ainda faz-se indispensável uma política que possa abranger todos os aspectos necessários para uma formação inicial de qualidade, e que proporcione um acompanhamento contínuo no que se refere à formação continuada dos profissionais da Educação.