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ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS EM PACIENTES COM TRANSTORNO AUTÍSTICO: REVISÃO

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RESUMO

Objetivo: Verificar a produção científica acerca das alterações comportamentais de pacientes com transtorno autístico. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura na base eletrônica Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme) com os descritores Transtornos Globais do Desenvolvimento AND Transtorno autístico OR autismo infantil. Os critérios de inclusão foram artigos publicados entre 2013 e 2017 em português, inglês e espanhol. Teses, monografias, artigos em duplicidade e aqueles que divergem do tema central foram excluídos. Seis trabalhos ficaram na seleção final: 02 em português e 04 estão em inglês e português. Resultados: As áreas cognitiva, afetiva, social e comunicativa, além do ambiente no qual o indivíduo está inserido são fundamentais para a emergência dos símbolos e para o desenvolvimento global da criança. No Transtorno do Espectro Autista (TEA) o comprometimento cognitivo associado a déficit afetivo e social leva a prejuízos emocionais e culturais e com isso, não há o desenvolvimento comportamental esperado. O termo “espectro” é utilizado porque o TEA inclui diversos distúrbios globais do desenvolvimento e com isso engloba a complexa diversidade de apresentação dos quadros clínicos. Os distúrbios globais do desenvolvimento necessitam de perspectivas multidisciplinares para o diagnóstico e tratamento. O indivíduo pode apresentar algumas dificuldades associadas, por exemplo: ansiedade e dificuldade de atenção. O contexto em que o paciente está inserido pode contribuir significativamente para o seu desenvolvimento; logo, o estímulo por parte dos pais/cuidadores primários pode permitir um meio mais compreensivo e facilitador para uma melhor evolução do quadro. Sabe-se que no TEA há variações na apresentação clínica, visto que pode haver prejuízo em áreas diversificadas e em diferentes graus de comprometimento. Por conseguinte, os indivíduos acometidos apresentam particularidades e devem ser analisados sob diferentes perspectivas. Quanto mais precoce o início do tratamento, mais se espera melhores respostas. Além disso, considerar habilidades e principais dificuldades de cada indivíduo em geral leva a processos terapêuticos mais eficazes. Conclusão: É essencial que haja mais estudos sobre o TEA para otimizar formas de acompanhamento que permitam assistir as peculiaridades na apresentação dos quadros clínicos. O treinamento dos pais/cuidadores e professores em relação às características gerais do espectro do autismo é essencial para que possam ajudar no desenvolvimento e saibam como lidar com as alterações comportamentais.