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Introdução: A equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) em seu processo de trabalho necessita estabelecer prioridades em sua atuação com as famílias, sendo utilizada escala para classificação da vulnerabilidade das famílias, sistematizando a gestão do cuidado. Objetivos: Descrever a experiência de utilização da escala de risco familiar como ferramenta do processo de trabalho de uma equipe da ESF do município de Anchieta ES, para auxiliar na priorização das visitas domiciliares. Metodologia: Trata-se de um estudo, caracterizado como relato de experiência, onde se aplicou a Escala de Risco Familiar de Coelho e Savassi, para definir as prioridades de visita domiciliar. Para utilização do instrumento determinou-se em equipe um calendário de etapas da implantação e uso da ferramenta, houve a sensibilização e capacitação da equipe para o uso da ferramenta. As agentes comunitárias de saúde aplicavam um formulário de entrevista (ficha A) à família em visita domiciliar e, posteriormente em oficinas, construídas as classificações das famílias de cada micro área. Após a consolidação dos dados, as informações geradas eram transferidas para o mapa de território, que abarcavam o planejamento do processo de trabalho da equipe para gerenciamento do cuidado e atenção às famílias com maior vulnerabilidade e orientar a periodicidade de visitas. Resultados: A aplicação da ferramenta permitiu maior sensibilidade às demandas e favoreceu a organização interna da equipe para o processo de trabalho. Efetivou a gestão do cuidado e proporcionou maior vigilância em saúde do território. Observou a necessidade de superação do modelo para além dos problemas elencados na escala utilizada. Conclusão: Diante da experiência pode-se perceber que a escala de risco familiar é uma ferramenta de valiosa importância para nortear o processo de trabalho das equipes de ESF, contribuindo para sistematização da atenção, com priorização das famílias de maior vulnerabilidade, para a prática da equidade.