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INTRODUÇÃO As discussões a respeito da segurança do Paciente ainda são incipientes na Atenção Primária a Saúde (APS), e reflete na cultura de segurança, que pode ser definida como conjunto de valores, atitudes, comportamentos tanto individuais como grupais de uma organização¹. O trabalho em equipe é um dos aspectos que interfere na qualidade do cuidado prestado ao paciente, e pode refletir de maneira positiva ou negativa em sua segurança. OBJETIVO Avaliar o domínio clima de trabalho em equipe na perspectiva de profissionais atuantes na APS. METODOLOGIA Pesquisa transversal, quantitativa, desenvolvida em um município do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, em 15 ESF e cinco Unidades Básicas de Saúde. Dos 213 profissionais elegíveis, 37 (17,3%) não aderiram à pesquisa e quatro (2%) não responderam todas as questões. Participaram 172 profissionais atuantes da APS, tendo taxa de resposta de 80,7%. A coleta de dados ocorreu em 2016, com o instrumento Questionário de Atitudes de Segurança – Versão Ambulatorial, que avalia 9 domínios, sendo resultado satisfatório maior igual a 7,5. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, sob CAAE 54069616.6.0000.5350. DISCUSSÃO O domínio que mensura a cultura do trabalho em equipe obteve média 6,5, ou seja, foi insatisfatório, que evidencia fragilidade, pois a falta de trabalho em equipe e comunicação ineficaz, são causas principais da ocorrência de erros, que reflete de maneira negativa na segurança do paciente². Nesse sentido, a equipe que tem um bom relacionamento entre os integrantes, comunicação aberta e trabalha unida, torna a assistência segura e diminui as chances da ocorrência de erros³. CONCLUSÃO Evidencia-se clima de trabalho em equipe como insatisfatório na APS, e este resultado demanda reflexão e conscientização sobre a influência desta na consolidação da segurança do paciente.