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INTRODUÇÃO: Estar em um serviço de saúde nem sempre garante um atendimento eficaz. Casos clínicos complexos, consultas a especialidades médicas específicas, situações de urgência e emergência e áreas remotas muitas vezes exigem mais do que o serviço tem a oferecer. Frente a essa dificuldade, a telemedicina vem como uma proposta para oferecer serviços à distância, disponibilizando uma atuação médica com maior qualidade e permitindo o aprimoramento dos processos, redução de custos e melhoria do atendimento em saúde. OBJETIVO: Demonstrar a relevância do uso da telemedicina no cuidado à saúde de comunidades remotas. METODOLOGIA: Revisão sistemática de estudos descritivos, revisões de literatura e relatos de experiência realizados na América do Sul, publicados em bases de dados internacionais nos últimos 10 anos. DISCUSSÃO: Apesar do uso conhecido e vantajoso da telemedicina nas especialidades, uma das aplicações incipientes desta ferramenta é melhorar o acesso a comunidades mais isoladas geograficamente, construindo uma imagem de uma realidade percebida de segunda mão. Dentre os relatos avaliados, atenta-se para a experiência do Sul da Colômbia, a qual demonstrou bons resultados com o uso da telemedicina. Neste local, há apenas 1 centro especializado e 6 locais remotos com médicos generalistas, que reportam as situações de seus pacientes ao centro e têm auxílio na condução dos casos. Outro estudo cita uma experiência na Guatemala, que demonstrou que investimento e uso da tecnologia da informação gerou uma diminuição na morbimortalidade materno-infantil dos pacientes atendidos. Ainda que reconhecidas as vantagens da telemedicina, há uma alta taxa de fracasso na sua aplicação. Uma das maneiras de contornar essa realidade vem sendo incorporar sua prática também na formação em saúde. CONCLUSÃO: A implantação da telemedicina é uma alternativa para a melhor distribuição de serviços de saúde, auxiliando na difusão de informação e proporciona capacitação de moradores e futuros usuários do sistema.