Relevância da formação médica no diagnóstico do diabetes gestacional

INTRODUÇÃO: O acompanhamento das gestantes durante a gestação é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), e quando necessário, é também realizado em centros de atenção secundária e maternidades. Os exames laboratoriais de pré-natal que devem ser solicitados são aqueles preconizados pelo Ministério da Saúde (MS). O diagnóstico de diabetes mellitus gestacional (DMG) pode ser feito segundo os critérios do MS de 2016 ou, segundo o estudo “Hyperglicemia and Adverse Pregnancy Outcomes” (HAPO, 2010). OBJETIVO: Analisar o seguimento de gestantes pelos diferentes médicos presentes na Estratégia Saúde da Família. E com isto, correlacionar o impacto da formação em Medicina de Família e Comunidade e o desfecho em relação aos diagnósticos de DMG realizados ou subnotificados. METODOLOGIA: O presente estudo observacional retrospectivo foi realizado via aplicação de questionário de múltipla escolha, em uma UBS com Estratégia Saúde da Família, na Zona Sul da capital de São Paulo, com cinco questões sobre o DMG, e, a especialidade médica, residência ou pós-graduação do médico participante. A aplicação do questionário foi realizada sob monitorização do pesquisador. Juntamente a isto, realizou-se o levantamento de todos os prontuários das gestantes da UBS que possuíam os critérios de inclusão. Posteriormente, relacionaram-se as informações das respostas dos médicos participantes do estudo aos dados colhidos de prontuário. DISCUSSÃO: A maior parte dos profissionais apresentaram dificuldade na indicação da solicitação do TOTG 75 g/2 horas entre 24 e 28 semanas, conforme necessidade. Foi evidenciado também que, mesmo quando o TOTG era solicitado, ou a glicemia de jejum, os médicos não sabiam interpretar os resultados. Observou-se a relevância da formação ou capacitação em MFC no melhor seguimento das gestantes. CONCLUSÃO: É necessário uma melhora e aperfeicoamento por parte dos profissionais, no manejo das gestantes, frente ao rastreio e diagnóstico de DMG.