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Coordenando o cuidado nas doenças crônicas não transmissíveis

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Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), afetam milhões de adultos aumentando a morbimortalidade. O estudo das DCNT na Estratégia de Saúde da Família (ESF), responsável pela coordenação do cuidado, possibilita o aumento da efetividade do Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivos: Identificar o controle de Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) em uma equipe de ESF do município do Rio de Janeiro para otimização da coordenação do cuidado. Metodologia: Análise dos pacientes portadores de DM2 e HAS pertencentes a uma equipe de ESF no período de julho de 2017. Utilizadas como categorias de análise: sexo, idade, número de consultas anuais e controle da doença. Determinado como controle do DM2 a dosagem da hemoglobina glicada(HbA1c). Bom controle: <7% e mau controle ≥8,5%. Para a HAS: Mau controle a pressão arterial sistólica(PAS)≥ 130 e diastólica(PAD) >80 mmHg. Resultados: 160 pacientes com DM2: 65% mulheres com idade média de 56,3 anos; 50% sem avaliação no último ano e 29% avaliados duas ou mais vezes. 54% tinha dosagem de HbA1c, estando 29% com bom controle. HbA1c acima de 8,5% foi identificado em 33% dos homens e 42% das mulheres. 744 pessoas com HAS: 66% mulheres com idade média de 65,4 anos; 40% sem acompanhamento no último anos; 25% com mau controle pressórico. Conclusões: O controle das DCNT não é satisfatório. Organizar ações de prevenção secundária e promoção da saúde; aplicar a interdisciplinaridade e a intersetorialidade ao trabalho da equipe além de planejar o acompanhamento periódico acurado dos portadores de DCNT e referencia-los quando indicado, afloram como possibilidades para coordenação do cuidado nessa equipe de ESF.