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Introdução: Pé Diabético é o termo empregado para nomear as diversas alterações e complicações ocorridas, isoladamente ou em conjunto, nos pés e nos membros inferiores dos diabéticos, secundário as lesões neurológicas e vasculares ocasionadas pelo mau controle glicêmico e pelo tempo da doença. Objetivo: Avaliar os pés dos pacientes diabéticos cadastrados e atendidos em ESF em Cuiabá-MT, classificar os riscos de desenvolver o pé diabético e orientar sobre a prevenção e tratamento precoce de úlceras nas extremidades inferiores. Metodologia: Estudo transversal realizado com pacientes diabéticos, no período de junho a julho de 2016 durante consultas e visitas domiciliares. O instrumento utilizado foi o teste de monofilamento 2,0g para avaliação da sensibilidade protetora dos pés, com escala de 0 a 3 categorias de risco para complicações em membros inferiores, orientado e padronizado pelo Ministério da Saúde, além de um questionário contendo dados pessoais, tempo de diagnóstico e tipo de tratamento. A glicemia capilar foi verificada durante o exame. Resultados: Foram avaliados 48 (43%) pacientes diabéticos, com predomínio do sexo feminino (68,7%) e idade superior a 70 anos (40,7%). Dos avaliados, 62,5% apresentaram categoria zero; 20,8% categoria 1; 12,5 % categoria 2 e 4,2% categoria 3. Quanto ao tempo de diagnóstico, 43,5% apresentavam diabetes a menos de 5 anos e 18,8% a mais de 20 anos. Em 45,8% dos pacientes a glicemia capilar foi superior a 150 mg/dL e 27,1% não faziam uso regular da medicação. Todos os pacientes receberam orientações quanto aos cuidados com os pés para tratamento e prevenção das complicações. Conclusão: Concluímos que a avaliação dos pés dos diabéticos deve fazer parte da rotina de acompanhamento destes pacientes com orientações de cuidados e prevenções de lesões, evitando consequente sequelas que comprometerão a qualidade de vida destes pacientes.