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Introdução: A distribuição global da Tuberculose é desigual e um terço da população encontra-se infectada. A dificuldade de adesão ao tratamento permanece um problema para obtenção de resultados satisfatórios no tratamento. Objetivos: Conhecer os fatores associados a bons resultados no tratamento de Tuberculose em pacientes atendidos em uma Clínica da Família da zona central do Rio de Janeiro com residência em Medicina de Família e Comunidade (MFC). Metodologia: Foi realizada uma análise retrospectiva dos prontuários de pacientes que trataram Tuberculose entre agosto de 2015 e junho de 2017 e os dados coletados registrados no Excel. Resultados e discussão: Amostra de 84 pacientes com tuberculose. A maioria, 24 (30%) pertence ao grupo etário de 21 a 30 anos, seguido de 16 (20%) de 31 a 40 anos e sua idade média era de 34 anos. Havia 43 (51%) homens e 41 (39%) mulheres. Destes, 64 (76,1%) pacientes curaram, 11 (13,1) mudaram de diagnóstico, 8 (9,6%) abandonaram o tratamento e 1 (1,2%) foi a óbito. Os fatores comparados com esses resultados foram: idade, sexo, peso corporal inicial, nível de escolaridade, tempo de iniciação do tratamento, suporte social, comorbidades, tabagismo, aplicação de DOTS (“Direct Observed Treatment Strategy”) e a forma clínica. Os fatores associados a resultados favoráveis ​​foram relacionados a presença de apoio social, aplicação DOTS e idade jovem. Resultados não satisfatórios estavam ligados a fatores como o tabagismo, forma extrapulmonar, não aplicação de DOTS, a mudança de medicamentos e a falta de apoio social. Considerações finais: Os fatores que foram identificados como relevantes na determinação de resultados satisfatórios do tratamento foram idade, ausência de tabagismo, suporte social, aplicação de DOTS e tipo de esquema. O tratamento ainda é desafiador porque envolve aspectos políticos, intrapessoais e socioeconômicos e a adesão por longo período de tratamento.