Abordagem da relação existente entre hipertensão e sedentarismo na população

Introdução: O sedentarismo é um dos fatores que contribuem para a elevação da pressão arterial, essa o principal fator de risco para doenças cardiovasculares. Os exercícios aeróbicos e os treinos de resistência, contribuem para a redução da incidência da hipertensão. Objetivo: Espera-se que com a prática do exercício físico regular e mínimo, ocorra a redução da pressão arterial sistêmica e suas comorbidades associadas. Foram feitas pesquisas relacionando dados da literatura já publicada com o que se preconiza na Diretriz Brasileira de Hipertensão. Para isso, foram avaliados o tipo de atividade física, com o tempo de duração e o perfil da população. Indivíduos sedentários apresentam risco aproximado 30% maior de desenvolver hipertensão que os ativos. Discussão: O exercício aeróbio apresenta efeito hipotensor maior em hipertensos que em normotensos, enquanto os de resistência são menos eficientes. Exercícios aeróbicos regulares podem baixar a pressão sanguínea cerca de 5 a 15 mmHg em hipertensos primários, com menor efeito em idosos. A redução da sistólica e da diastólica foi de 4 a 6 e 3 mmHg, respectivamente. A intensidade do exercício é superior à frequência em manter níveis pressóricos mais baixos. Há evidências entre atividade física e melhora na sensibilidade dos barorreceptores, assim como redução da ativação simpática muscular, diminuição dos níveis de tromboxano, aumento das prostaciclinas e redução do peso. Conclusão: A inatividade física resulta na elevação da pressão arterial sistêmica. O treinamento aeróbico é a forma preferencial de exercício para a prevenção e tratamento, pois o treinamento de resistência reduz a pressão arterial de hipertensos, porém necessita mais informação antes de sua recomendação, podendo ser realizado como complemento ao aeróbico. Recomenda-se que hipertensos com níveis mais elevados ou com fatores de risco, façam um teste ergométrico antes de realizar exercícios em intensidade moderada.