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A percepção dos profissionais sobre as funções da US e da UPA

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INTRODUÇÃO: Os sistemas de atenção à saúde buscam respostas às necessidades das populações que se expressam nas suas situações de saúde, contudo deve haver uma harmonia entre essas necessidades e a organização do sistema. Persiste a fragmentação entre os pontos de atenção, capacidade ociosa e atenção à saúde em lugar não apropriado (OPAS, 2011). OBJETIVO: Identificar como os profissionais das Unidades de Saúde (US), das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e os gestores definem as funções de cada equipamento que compõe a rede de atenção à saúde. METODOLOGIA: Pesquisa qualitativa. Na coleta de dados foram realizadas 49 entrevistas com médicos, enfermeiros e gestores de saúde, entre fevereiro e junho de 2015. O processamento dos dados foi realizado pelo software IRAMUTEQ. DISCUSSÃO: A maioria dos profissionais e gestores tem clareza em afirmar que as atribuições da UPA são atendimentos de urgência e emergência; quanto à APS, as respostas são diversas, mas a grande maioria identifica que sua principal função é a de realizar as ações de promoção e prevenção à saúde, voltadas para as condições crônicas e não às situações agudas. De um modo geral, no Brasil, persiste a visão vertical de programas e protocolos, repercutindo um modelo rígido e fragmentado na rede de atenção à saúde, com ênfase na visão preventiva e escasso desenvolvimento das ações clínicas (GERVAS; FERNANDEZ, 2011). O foco da APS não está somente na lógica das consultas periódicas e no rastreamento populacional, mas principalmente no usuário e nas suas necessidades (GUSSO, 2011). CONCLUSÃO: percebe-se que na APS persiste a ideia de que para promover saúde é preciso estar longe do cuidado clínico, dos problemas comuns. Recomenda-se aprofundar as discussões com as equipes de saúde sobre o cuidado na APS e a organização do processo de trabalho a fim de que as necessidades das pessoas sejam atendidas.