ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

Introdução: Criadas na década de 90 após a lei antimanicomial a implantação das Residências Terapêuticas (RT) tem como principal objetivo a reinserção do paciente a sociedade bem como a implantação de medidas que o possibilite autonomias pertinentes a cada um. Nessa perspectiva os moradores da RT, agora também são usuários e parte da população adstrita na Estratégia Saúde da Família. Deste modo, busca-se dar uma direção para a construção de um processo de emancipação daqueles que se encontra em sofrimento psíquico e a Estratégia Saúde da Família é fundamental nesse processo de construção, pois conhece sua comunidade e trabalha a integralidade do usuário. Experiência: Em 2016 a UBS Arrastão, localizada na zona sul de São Paulo, recebe sua primeira RT com 10 moradores e em 2018 recebe a segunda com mais 10. Um dos desafios para equipe da UBS foi organizar atividades para acolhida dos moradores. Assim, para garantir apoio integral, a equipe tem utilizado a planificação e classificação de pacientes bem como os PTS. Em conjunto a isso, são mantidas visitas domiciliares mensais realizadas pela equipe; consulta médica bimensal para avaliação clinica na UBS, como forma de fortalecer autonomia e garantir reinserção na sociedade como individuo que frequenta e conhece sua unidade de referencia assim como a sua equipe; e matriciamentos com gestão das casas onde são trazidas necessidades pontuais e singulares de cada um e discutidos alinhamentos de cuidados para redirecionamento das ações em saúde. Conclusão: A inserção do usuário na rede de serviços de saúde veio como um desafio as APS gerando uma demanda que exige uma organização da equipe para atender as demandas singulares da RT, o trabalho tem se tornado mais efetivo com o compartilhamento com CAPS e NASF, bem como a inclusão dos moradores em práticas integrativas e ferramentas disponíveis no território.