ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

Introdução: A acupuntura é uma terapia milenar originária da China, que consiste na aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo para tratar doenças e para promover saúde. Atualmente, ela pertence e é regulamentada pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), sendo oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivos: Analisar de forma crítica a visão do acadêmico de medicina e/ou médico sobre a acupuntura e os reflexos disso na prática médica atual ou futura. Metodologia: Aplicação de questionário online para graduandos e médicos, através de variáveis como "Você acredita na eficácia da acupuntura?", "Algum profissional da área da saúde já lhe indicou esta terapêutica?", "Você, como futuro médico, indicaria?", além de sexo, idade e conhecimento prévio sobre a disciplina. Resultados: Foram analisadas 114 respostas ao todo, com idade média de 23 anos, sendo 52,6% do sexo feminino e 47,4% masculino. O conhecimento prévio sobre acupuntura esteve presente em 90,4% dos participantes, porém apenas 44,7% já cursaram essa disciplina. Os que acreditam na sua eficácia são 87,7%, enquanto que 12,3% não souberam responder ou disseram não acreditar. Além disso, 74,6% nunca tiveram indicação de acupuntura como terapêutica advindo de um profissional da saúde. Como futuros ou atuantes na área médica, 85,1% consideram indicar a acupuntura como terapia complementar. Conclusão: Mesmo a acupuntura sendo uma terapia milenar e com respaldo científico, nota-se que esta prática não é universalmente aceita por médicos como alternativa terapêutica complementar. Entretanto, é notório o reconhecimento da maioria dos graduandos como opção viável de tratamento, sendo necessário, portanto, a implementação dessa prática nas grades curriculares dos cursos de medicina, a fim de ampliar o leque de opções terapêuticas que proporcionem melhorias na qualidade de vida do paciente.